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Casamento, xi...

Está saindo em DVD uma comédia romântica francesa interessante, Casos e casamentos. O filme se passa no dia do casamento de um casalzinho jovem, apaixonado, mas que ao longo da festa vai passar por sua primeira grave crise. Tudo porque os casais à sua volta mergulham em problemas de traição, estagnação do relacionamento etc. Enquanto alguns descobrem infidelidades do presente e do passado, outros buscam a verdade como saída para suas vidas sem rumo. A história se passa numa charmosa cidade da campanha francesa, com gente bonita e paisagens deslumbrantes. Detalhe: a mãe da noiva é ninguém menos que a atriz Miou-Miou, musa de muitos na década de 70, quando fez, entre outros, Os corações loucos. É boa diversão.
Beijocas!

Clara Arreguy, terça-feira, maio 30, 2006. 0 comentário(s).

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Batendo um bolão

Que filme bom o Boleiros 2 - Vencedores e vencidos, do Ugo Giorgetti. No mesmo esquema do primeiro, de contar histórias engraçadas e dramáticas em torno do futebol, consegue gerar grandes emoções nos espectadores (as histórias mais amargas são ainda melhores). Mostra que, no esporte, céu e inferno são vizinhos. O elenco é sensacional, com show de bola de Flávio Migliaccio, Adriano Stuart, Otávio Augusto, Lima Duarte, Denise Fraga, Duda Mamberti, Fúlvio Stefanini. E tem ainda o Dr. Sócrates e o Sílvio Luiz (pelo amor dos meus filhinhos!) atacando de atores, sem comprometer. Fora os diálogos inteligentes, como o da jornalista cultural que subestima a cobertura de esporte etc. Filmaço, para quem ama ou não a bola.
Beijos mil!

Clara Arreguy, segunda-feira, maio 29, 2006. 0 comentário(s).

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Pontos de cultura

Na noite de sexta-feira estive no ponto de cultura Menino de Ceilândia, na cidade satélite de mesmo nome, aqui no Distrito Federal, para um debate sobre comunicação e cultura. Para quem não sabe, os pontos de cultura são um projeto do governo, bancado pelo Ministério da Cultura, em parceria com as iniciativas locais, para manter lugares e entidades culturais. Um galpão sedia o grupo, um bloco carnavalesco que, ao longo do ano, promove oficinas e atividades culturais com a participação da comunidade. O governo paga o aluguel e mais o trabalho de um técnico, além de computadores para a chamada "inclusão digital" - termo que eu acho horrível. O grupo com o qual debati lá foi a ONG Faci (Fé, Amor e Cidadania). Artistas, professores, escritores, o pessoal da Ceilândia quer mostrar que o estigma da violência e da miséria contra a periferia não se sustenta, já que lá também há cultura viva e dignidade. Tudo de bom!
Beijos mil!

Clara Arreguy, sábado, maio 27, 2006. 0 comentário(s).

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Guerrilha na tela

Estréia em Brasília esta semana Araguaya - A conspiração do silêncio, do brasiliense Ronaldo Duque, que conta um pouco do que foi a guerrilha do Araguaia. O filme tem alguns problemas, o maior deles a colocação dos dois lados de forma muito maniqueísta, com os guerrilheiros excessivamente bonzinhos e os milicos uns troglos - claro, era mais ou menos assim, mas a linearidade de certas personagens prejudica a credibilidade. Bons atores, uma narrativa interessante, com depoimentos de sobreviventes, como José Genoíno, se juntam a uma ótima trilha sonora e boa reconstituição. Uma história que merecia mesmo ser revivida.
Um beijão em todos!

Clara Arreguy, quinta-feira, maio 25, 2006. 0 comentário(s).

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Palestina em filme e HQ

A questão do Oriente Médio aparece com abordagens interessantes em dois produtos culturais. A revista em quadrinhos Palestina é muito legal. Assinada pelo jornalista Joe Sacco, é uma reportagem em forma de HQ. Ele esteve lá, em cidades e campos de refugiados, no início dos anos 90, e revela, em texto e desenho, situações tristes e graves. Apesar de ser boa denúncia, com muita informação, falta o lado violento também dos palestinos - não há menção, por exemplo, a homens-bomba etc. Já o filme Paradise now mostra exatamente este outro lado. Conta a história de dois amigos meio trapalhões, Khaled e Said, que deixam o trabalho numa oficina mecânica, em Nablus, para protagonizar um atentado suicida. A discussão sobre o destino do país, as possibilidades de paz e guerra, as alternativas de cada um são colocadas de forma pertinente, até suave, dentro do possível. Ambos - filme e HQ - permitem conhecer um pouco mais da realidade daquela região.
Beijocas.

Clara Arreguy, terça-feira, maio 23, 2006. 0 comentário(s).

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Brucutu de saias

Amigos (e inimigos também, pelo visto). Acabo de receber uma mensagem superagressiva contra minhas opiniões a respeito do filme A concepção, na nota Ausência forçada, no blog. A moça me chama de idiota, burra, brucutu de saias, metida a besta, tudo porque discorda do que disse sobre o filme. Está lá no meu livro de visitas, basta dar uma conferida. Não precisava me atacar assim, mas não sei por que não me estranha comprovar a dificuldade das pessoas em argumentar com idéias. Apelou, perdeu. Mas vamos em frente que este brucutu aqui tem mais o que fazer e a fila anda.
Fui ver ontem O código Da Vinci e não achei que o filme valha tanta polêmica. Primeiro porque, como havia dito sobre o livro, não os vejo senão como uma boa aventura, sem o peso do "conteúdo revelador", mera ficção. Segundo porque, enquanto tal, o filme realiza bem na tela o que o romance fez nas páginas: conta com ritmo uma história de perseguição e raciocínio. Quem leu reconhece, quem não leu entende. Muito barulho por muito pouco, como saiu no Correio. Gosto muito do trabalho do Tom Hanks, é craque, e do Ian McKellen, idem. A música, fantástica. E os segredos da humanidade, bem, esses definitivamente não estão ali.
Beijos!

Clara Arreguy, segunda-feira, maio 22, 2006. 0 comentário(s).

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2 coisas ótimas

Uma coisa ótima e outra melhor ainda: a primeira, batemos os 500 acessos ao site, o que nos mostra que estamos no caminha certo, com freqüência crescente de leitores (corrijam-me se estiver errada). A outra é que esqueci de falar do DVD que acompanha o disco novo do Chico Buarque, Carioca. O DVD se chama Desconstrução, tem direção de Bruno Natal e mostra os bastidores da gravação do CD. Divertido, mostra um Chico até feio (difícil crer), à vontade, brincando, fazendo graça, emocionando e se emocionando com os músicos, como no caso do contrabaixista Jorge Helder, para cuja música linda compôs uma letra maravilhosa. Bom demais!
Beijões!

Clara Arreguy, quinta-feira, maio 18, 2006. 0 comentário(s).

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Poderoso chefão

Finalmente terminei de ler A volta do poderoso chefão. Também pudera, foram quase 600 páginas. Que delícia. Romanção, ganhou concurso promovido pela família de Mario Puzo para dar continuidade à saga dos Corleone. Com fidelidade aos personagens e originalidade na criação de novos, o livro investe em explicações (recorrentes no imaginário dos norte-americanos) sobre a trama para assassinar John Kennedy e as relações entre EUA e Cuba, antes e pós-Revolução. Muito bom, daqueles que a gente não quer que acabem. Apesar de pesar meio quilo e dar trabalho para segurar na cama e carregar na bolsa.
Beijinhos!

Clara Arreguy, quarta-feira, maio 17, 2006. 0 comentário(s).

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Bom debate

Ainda estou no Rio. Fresca manhã de outono na Cidade Maravilhosa. Foi ontem à noite o debate do Prosa & Verso sobre futebol na literatura, com Ruy Castro, João Máximo, Hélio de la Peña e esta que voz fala. Os dois primeiros, como vêm da não-ficção e do culto (justíssimo) a Nelson Rodrigues, adotaram uma postura de que nada mais há que dizer sobre futebol e que a ficção não comporta as emoções, sempre imbatíveis, da realidade. Nós dois ficcionistas, Hélio e eu, defendemos a possibilidade de contar novas histórias sobre qualquer tema, sem pretensão de suplantar em dramaticidade a vida real. O público curtiu, participou, lembrou casos, exemplos, nós também. Demos nosso recado, fizemos nosso comercial, sem confrontos. Dei alguns autógrafos no Segunda divisão para leitores interessados, mas o contato mais inesperado foi com um jogador profissional, o Felipe, do Botafogo, que comprou o livro e vai me ajudar a divulgá-lo entre seus pares. Prestem atenção nesse menino, já é meu ídolo (e ele disse que era meu fã!).
Beijos!

Clara Arreguy, terça-feira, maio 16, 2006. 0 comentário(s).

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Saudade do Poetinha

Dos discos que tenho ouvido pra fazer matéria, um dos que me emocionaram muito foi um álbum duplo dedicado a Vinicius de Moraes. No primeiro CD, o Poetinha cantando músicas dele com ou sem parceiros. No segundo, os outros cantando Vinicius. E olha que esses outros são Chico, Nara Leão, Quarteto em Cy etc. No disco 1, preponderam canções da fase com Toquinho, tanta coisa legal que fica mais escondida pelas obras-primas da parceria com Tom Jobim, mas é muito marcante pra toda uma geração que foi adolescente nos anos 70 reouvir Como é duro trabalhar, Veja você, E por falar em saudade... São muitas faixas legais e fora de moda, portanto fora da mídia.
Beijos!

Clara Arreguy, segunda-feira, maio 15, 2006. 0 comentário(s).

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No Rio

Talvez amanhã eu não consiga blogar, porque vou para o Rio, onde participo, às 19h, de um debate promovido pelo caderno Prosa & Verso, d'O Globo, sobre futebol na literatura. Estarei ao lado de Ruy Castro, João Máximo e Hélio de la Peña numa mesa só de gente que escreveu sobre futebol. Os dois primeiros, livros de memórias e história. Eu e o "casseta" de la Peña, ficção. Legal que meu Segunda divisão siga gerando comentários, principalmente porque muita gente estranha uma mulher escrever sobre esporte e inventar um romance sobre o tema. Vai ser na livraria Arcoplex Unibanco, na Praia de Botafogo. Quem estiver no Rio, me dê a honra da presença. Depois conto como foi.
Ah, já ia me esquecendo, a íntegra da entrevista com o Chico Buarque está no site, ali no Textos. Vale lê-la. Ele, como sempre, está impecável.
Beijos e até breve!

Clara Arreguy, domingo, maio 14, 2006. 0 comentário(s).

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Joyce e Joyce

Olha só: Bloom é um filme baseado em Ulisses, de James Joyce, que, sem mastigar em demasia, torna pelo menos mais acessível o clássico do irlandês, com uma narrativa que apresenta - e bem - os personagens centrais, algumas idéias e devaneios próprios da escrita ousada, que revolucionou a literatura no início do século 20. Interpretações magistrais, como a de Stephen Rea, toques irreverentes, iconoclastas, mesmo, ajudam a introduzir o neófito em James Joyce.
Ah, Joyce e Joyce, porque a cantora e compositora xará do escritor irlandês acaba de lançar um disco lindo com Dori Caymmi, Rio-Bahia, um primor de bossa-novices de primeira.
Beijos e bom domingo!

Clara Arreguy, sábado, maio 13, 2006. 0 comentário(s).

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Ausência forçada

Depois de alguns dias forçados de ausência, por problemas técnicos, consigo voltar para não deixar na mão quem espera minhas dicas. Vamos lá, então: estréia hoje em algumas cidades o filme brasiliense "A concepção", de José Eduardo Belmonte, que conta a história de uma comunidade maluca, nos anos 70, marcada por orgias, drogas, povo peladão e em constante festa. É a cara de uma certa juventude de elite em Brasília, naquela época, mas reforça um pouco o preconceito contra a cidade, que mudou tanto nas últimas décadas. Muita cena de nudez e sexo pode chocar os mais puritanos. Muito jogo de maneirismos da direção pode cansar outros tantos. O filme é irregular, mas tem seus méritos, principalmente pelo clima de época e pelas interpretações, à frente Matheus Nachtergaele.
Beijos e volto logo!

Clara Arreguy, sexta-feira, maio 12, 2006. 0 comentário(s).

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Brasil no Haiti

Um documentário muito legal que está passando nos cinemas - aproveitando a onda futebolística provocada pela Copa do Mundo - é O dia em que o Brasil esteve aqui. Conta sobre aquele jogo entre Brasil e Haiti, uma iniciativa da diplomacia para ajudar a construir a paz naquele pobre país em guerra civil. Eles são completamente malucos pelos brasileiros, chamam Ronaldo de rei, param a guerra para ver os craques brasileiros darem de 6 x 0 na fraca seleção deles - e com a maior alegria. A miséria, a violência, todo tipo de restrição não faz deles muito diferentes de nós. E loucos por futebol...
Beijos!

Clara Arreguy, segunda-feira, maio 08, 2006. 0 comentário(s).

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Maigret sensacional

Na quinta-feira, quando viajei pro Rio pra coletiva do Chico Buarque, esqueci em casa o livro que estou lendo, A volta do poderoso chefão. Fiquei injuriada, porque é um daqueles romances enormes, já tô na metade, e é ótimo (quando acabar de ler, comento). O jeito foi entrar na livraria do aeroporto e comprar um livro de bolso de leitura rápida e barata, a conta da viagem. Pois não é que a solução está sempre ali ao alcance: Georges Simenon e seu Inspetor Maigret. Este que comprei foi Maigret em Nova York, li em duas sentadas, uma delícia. Como ele sabia bolar bem as histórias, amparado em personagens bem construídos, com coerência, tramas misteriosas sem te chamar de burro! Como Simenon produziu às centenas, nunca vai ter fim o estoque de bons policiais dele à sua espera. É só se divertir.
Beijocas!

Clara Arreguy, sábado, maio 06, 2006. 0 comentário(s).

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Chico tudo de bom

Gente, me ausentei esse tempão todo por um motivo mais que justo: fui ao Rio de Janeiro para a entrevista coletiva do Chico Buarque, que está lançando novo disco, Carioca. O disco é lindo, o Chico é tudo de bom. A entrevista foi simpática, ele estava soltinho, fiquei de frente, pertinho, dei pra ele meu livro, peguei autógrafo, tudo a que tinha direito. No disco, são nove músicas inéditas, muitas líricas, de amor, muitas falando do Rio, sua paixão, num viés diferente, não de louvação mas de clamor pela redenção de uma cidade que, para ele, virou subúrbio do poder político e econômico de São Paulo.
Depois falo mais.
Beijos!

Clara Arreguy, sexta-feira, maio 05, 2006. 0 comentário(s).

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Noir brasileiro

Achados e perdidos segue aquela boa linhagem de filmes noir brasileiros. Dirigida por José Joffily, que adaptou uma história de Luiz Alfredo Garcia-Roza, a produção tem o clima de thriller ambientado numa Copacabana sombria, habitada por tipos perigosos e suspeitos. O texto é muito bom, com referências a fantasmas da ditadura e suas heranças malditas. Interpretações de alto nível - à frente Antonio Fagundes, no papel de um ex-delegado rendido às próprias culpas. A experiência de Zezé Polessa e a juventude de Juliana Knust se equilibram bem para completar um triângulo marcado por sexo e morte.
Beijos e boa semana!

Clara Arreguy, terça-feira, maio 02, 2006. 0 comentário(s).

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