Festival de Brasília - 2ª parte
Continuando meu balanço do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em sua 48ª edição, vi ainda:
- Quintal (curta de André Novais Oliveira, MG) - Adorei o curta, considerado o melhor pelo júri, além do prêmio para a atriz. Uma viagem maluca num quintal de Contagem diverte e intriga.
- Afonso é uma Brazza (curta de Naji Sidki e James Gama, DF, foto) - Ótimo documentário sobre o dublê de cineasta e bombeiro, morto em 2003 e que fez, a partir do Gama, uma produção de cinema trash da maior importância para a cultura da nossa cidade. Ganhou prêmios também.
- Big Jato (longa de Cláudio Assis, PE) - Primeiro filme que gosto do diretor. Ganhou o prêmio de melhor do festival, além de vários outros, inclusive para Matheus Nachtergaele, que faz o duplo papel principal dos gêmeos. Baseado em obra de Xico Sá, tem em comum com "O outro lado do paraíso" o ponto de vista do menino sobre o pai. As semelhanças param por aí. Mas "Big Jato" traça um forte painel de uma pequena cidade, com vidas miúdas em busca de horizontes.
- Até que a casa caia (longa de Mauro Giuntini, DF) - Por fim, o filme de encerramento da mostra, fora de competição, é uma comédia dramática sobre um casal que se separa, mas continua morando junto. Com Marat Descartes e Virgínia Cavendish em boas interpretações, trabalha bem as dificuldades da separação, as diferenças entre homem e mulher ao lidar com o fim do amor, além de tocar em questões éticas, a partir da história do professor idealista que se envolve com esquemas de propina.
Clara Arreguy, domingo, setembro 27, 2015.
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Festival de Brasília - 1ª parte
Sei que estou atrasada, mas o 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terminou na terça (22) e só hoje posso dar um balanço do que vi e destaquei. Como sempre, a festa, o encontro, a celebração da arte e da produção local, em especial de Brasília. Mas vamos lá:
- Tarântula (curta de Aly Muritiba e Marja Calafange, PR) - Não entrei na sintonia.
- Rapsódia para o homem negro (curta de Gabriel Martins, MG) - Também achei fraco, embora o tema seja interessante e tenha elenco mineiro que conheço. A trilha sonora foi premiada.
- Fome (longa de Cristiano Burlan, SP) - Tendo o tema dos moradores de rua, daria um bom curta. Arrastado em excesso.
- Ninguém nasce no paraíso (curta de Alan Schvarberg, DF) - Interessante documentário sobre a falta de equipamento e pessoal que impede a realização de partos em Fernando de Noronha. Ganhou prêmios.
- Asfalto (curta de Márcio de Andrade, DF) - Viagem visual pelas ruas de Brasília. Gostei.
- O outro lado do paraíso (longa de André Ristum, DF, foto) - prêmio merecido do júri popular entre as produções brasilienses, além de vários outros troféus. Ótimo drama baseado na obra de Luiz Fernando Emediato, sobre sua infância e seu pai. O sonho da utopia de Brasília esbarra na dura realidade dos primeiros candangos, a miséria, a injustiça, o golpe militar. O menino narrador e sua paixão pelos livros e pelo idealismo paterno emocionaram a plateia, ao lado das boas interpretações do elenco, liderado por Du Moscovis.
Clara Arreguy, domingo, setembro 27, 2015.
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