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Marca histórica

Pessoal, é um dia muito feliz. Batemos os 1000 acessos ao blog (o site está com 998 neste momento), mesmo estando de férias, gripada e sem atualizar muito. Não fui ao cinema, estou lendo devagar o novo policial com a Skarmeta (quando acabar comento), vendo aos pouquinhos o que me falta dos DVDs do Chico. E esta semana ainda saem mais 3 que não tenho! Enfim, muito a comemorar. No fim de semana, estive em Muriaé, Zona da Mata mineira, terra do meu pai, onde reencontrei amigos de longa data e grandes emoções. A cidade está um pouco detonada pela barulheira, carros de som de políticos e anúncios e boyzinhos com sonzeira arrebentando, então a confusão tem hora que perturba o visitante, mas é a quente e acolhedora Muriaé da infância.
Beijos em todos e obrigada pela leitura constante!

Clara Arreguy, segunda-feira, julho 31, 2006. 0 comentário(s).

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Ozzy a toda

Semana passada, antes de sair de férias, fiz uma matéria para o jornal sobre as duas revistinhas editadas pelo Cia. das Letras com tirinhas do Ozzy, do Angeli, publicadas na Folha entre 1993 e 1999. Uma é Caramba! Mas que garoto rabugento e a outra Tirex e mais uma cambada de bichos de estimação. Ainda faltam mais duas revistas pra completar o conjunto. É uma delícia, tirinhas superengraçadas, escatológicas, boas pra gente grande e pequena. Pura curtição.
Beijinhos!

Clara Arreguy, quinta-feira, julho 27, 2006. 0 comentário(s).

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Mais luto

Como estou de férias, sem acesso diário a computador, minhas postagens andam meio irregulares. Mas não poderia deixar de citar as recentes três perdas: Raul Cortez, Guarnieri e meu amigo Zé Maria Cançado. Raul Cortez e Guarnieri foram dois grandes das artes cênicas, de gerações próximas e com origens similares, no teatro engajado dos anos 50. O segundo, além de ótimo ator, como o primeiro, ainda com uma trajetória na dramaturgia que o incluiu entre os maiores autores nacionais, que pensou e criticou o país, o povo, a esquerda, a luta.
Zé Maria, para quem não conheceu, foi jornalista e escritor de estilo único, autor de obras muito interessantes sobre Proust e Drummond, e, mesmo sendo intelectual brilhante, não deixou de atuar como militante do nosso povo e da luta pela transformação social. Fora isso, um amigo, um homem sensível, como os dois artistas famosos já citados. Grandes perdas para a alma da gente.
Beijos e inté!

Clara Arreguy, quarta-feira, julho 26, 2006. 0 comentário(s).

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Viagem lisérgica

Faltam-me adjetivos para comentar quão bom é o DVD duplo do Pink Floyd, Pulse, lançado na semana passada pelos dinossauros mais amados do rock progressivo. É o registro que eles fizeram do Dark side of the moon, com muuuuito mais coisas. São duas horas e meia de show, mais extras (total de quatro horas), do espetáculo gravado em 1994 no Earls Court, em Londres. Show de luzes, clipes, imagens viajandonas, o som que ninguém nunca fez nem faz igual, as músicas sensacionais, guitarras, vozes etc. etc. Imperdível.
Estou de férias, vim pra BH e vou curtir de novo, com calma, o Pulse, agora para descansar, relaxar, liberar a mente de preocupações e olhos e ouvidos só para o que der prazer. Mas vamos nos falando.
Beijinhos!

Clara Arreguy, domingo, julho 23, 2006. 0 comentário(s).

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Quem é a criança?

Fui ver o filme francês A criança, dos irmãos Dardenne, ganhador da Palma de Ouro em Cannes no ano passado, e gostei muito. Forte, mostra um casal lindo e louro nas ruas de uma cidade belga. Ele é um ladrãozinho pé-de-chinelo e ela chega da maternidade com um bebê no colo. Flanando pelas ruas, roubando aqui, dormindo em abrigos ali, eles não se incomodam com nada, até que ele decide vender a criança. Ela vira leoa, rompe a aparente harmonia, joga a polícia na parada. Ele volta atrás, mas cai em outra roubada ao deixar que um comparsa seu, de 14 anos, seja preso. Aí muda tudo, e ele cai em si. É preciso crescer. A criança se refere ao bebê, ao molequinho preso, mas principalmente a Bruno, o anti-herói de uma sociedade em que os jovens crescem sem virar adultos.
Beijos!

Clara Arreguy, quinta-feira, julho 20, 2006. 0 comentário(s).

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Libertino

O filme O libertino, com Johnny Depp, foi uma decepção. A história é nebulosa e pouco convincente, o personagem não acumula consistência cômica nem dramática, o drama em si não evolui para gerar o crime e o castigo que parecia se propor. Em tom lúgubre, quase moralista, o calvário do Conde de Rochester transcorre com conflitos tangenciais, sem maiores emoções. Faltou ir mais fundo em tudo: no teatro, na paixão, na doença, na traição.
Beijos e inté!

Clara Arreguy, terça-feira, julho 18, 2006. 0 comentário(s).

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Tudo errado

A comédia Separados pelo casamento começa até interessante, mostrando as pequenas desavenças entre casais que, por menores que sejam, muitas vezes podem inviabilizar a relação. O casal vivido por Jennifer Aniston e Vince Vaughan passa por isso, pelas desatenções tão masculinas, pelas cobranças tão femininas, até se separar e manter a casa em conjunto, numa demonstração de que, de verdade, preferiam superar os problemas e seguir juntos. No final, falam mais alto o egoísmo, o pensamento pequeno, a inflexibilidade, o orgulho, a incapacidade de ceder. Não prevalecem o amor, o desejo, os pontos em comum, a humildade. Perdem todos. Inclusive o público, que ri de algumas coisas mas sai com a lição de que nada vale muito a pena. De que ser feliz é uma quimera. Não concordo.
Beijos dominicais!

Clara Arreguy, domingo, julho 16, 2006. 0 comentário(s).

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Foi mal

Foi mal é o título da revista que reúne as charges do cartunista Nani sobre Lula antes e durante seu governo. Com prefácio de Jaguar, que faz o elogio das qualidades do autor, a revista perfaz um verdadeiro diário do que foi a vida nacional entre as eleições de 2002 e o escândalo do mensalão, com críticas ácidas, mas não apenas à figura do presidente, como se poderia supor, e sim a toda a situação, com as hipocrisias que a cercam de todos os lados. Nani é um mineiro tímido ao vivo, que, nas linhas de seu desenho, sabe ser ferino e implacável, sempre do lado certo, na defesa da democracia e da justiça. Foi mal foi totalmente bem.
Beijão!

Clara Arreguy, quarta-feira, julho 12, 2006. 0 comentário(s).

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Mulher de meia idade

Li rapidinho um livro mal escrito, cheio de erros de português, mas de conteúdo interessante: A vingança da mulher de meia idade, de Elizabeth Buchan. Minha curiosidade foi despertada pela sinopse: mulher de 47 anos, editora de livros de um jornal, entra em crise... Quase a minha idade, quase a minha ocupação. Rose, nossa heroína, sofre um duro golpe quando, após 25 anos de casada, é abandonada pelo marido, que a troca por uma mulher mais jovem, justamente Minty, a assistente dela na editoria literária. E o pior: ao pedir o afastamento da moça, descobre que ela, Rose, é que será demitida para dar lugar a... Minty. É pesado demais, ela sofre, se desespera, vai ao fundo do poço, adoece, enfeia, mas aos poucos junta os cacos e começa a superar a barra pesada. Em que pese o tom da escrita meio piegas, a história é boa e a lição, para a mulherada da faixa etária (nós!), deve ser lida com atenção.
Beijocas!

Clara Arreguy, terça-feira, julho 11, 2006. 0 comentário(s).

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Bossa nova

Numa avalanche de lançamentos em torno da Bossa Nova, um DVD me chamou a atenção pela beleza e qualidade musical: Os Cariocas ao vivo. O conjunto, um dos mais antigos do mundo (sua primeira formação vem dos anos 40), sabe reverenciar o gênero que o consagrou e andar para a frente. Sob o comando de Severino Filho, eles tocam e cantam repertório basicamente bossa-novista, mas com abertura para canções como Encontros e despedidas, de Milton Nascimento e Fernando Brant, num arranjo à capela sensacional. O forte são mesmo as variações vocais, que fazem dos Cariocas um grupo sempre renovado e de bom gosto. Tenho um disco deles com Tim Maia que é uma jóia. E este show gravado no DVD foi lindo, com iluminação, convidados como Leny Andrade e Roberto Menescal, muito bom.
Um beijão!

Clara Arreguy, sábado, julho 08, 2006. 0 comentário(s).

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Viva Antônio Nóbrega!

Numa programação rica no que há de melhor em termos de MPB vinda do Nordeste (Zé Ramalho, Marinês, Genival Lacerda), a Feira de Agricultura Familiar e Reforma Agrária, que ocupou na semana passada o Expobrasília, recebeu no sábado o pernambucano Antônio Nóbrega para mais um momento inesquecível. Cantor, compositor, violinista, bailarino, pesquisador, animador, palhaço, showman, Nóbrega domina como ninguém a arte de despertar no público a paixão pela cultura nacional. Discípulo de Ariano Suassuna desde os tempos do Quinteto Armorial, hoje se incumbe de difundir o frevo centenário ? o aniversário tem data marcada, fevereiro de 2007, daí o nome do próximo disco dele, 9 de frevereiro, assim mesmo, com erre depois do efe, que ele promete lançar também por aqui. Num apanhado de sua carreira, tocou, cantou e dançou coisas de seus vários discos, como Pernambuco falando para o mundo, Madeira que cupim não rói, O marco do meio-dia e Lunário perpétuo, entre outras. Além do frevo, celebrou ritmos como coco, maracatu e ciranda, não deixando ninguém ficar parado. Nem parecia que a noite de sábado, no Parque da Cidade, não marcava mais um momento do frio inverno brasiliense. O público pulou sem parar, seguindo o comando de um mestre da alegria e do talento popular nacional. E fora da tenda do show, a feira ainda por cima oferecia delícias culinárias de todas as regiões, além de preciosidades do artesanato. (Publicado no caderno Pensar do "Correio Braziliense" de 1º de julho de 2006)

Clara Arreguy, domingo, julho 02, 2006. 0 comentário(s).

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Policial de primeira

Perto de casa, de Peter Robinson, é um romance policial eletrizante. Ambientado na Inglaterra, em duas cidades pequenas, dois tempos separados por 40 anos e dois crimes com similaridades, tem como elo entre eles um único inspetor de polícia, Alan Banks. Em 1965, quando o adolescente Graham Marshall desapareceu sem deixar vestígios, Alan era seu colega de turma, de ouvir os Beatles, ir ao cinema e ao parque de diversões. Nos dias atuais, Banks fica sabendo que os ossos de Graham foram encontrados perto de onde os dois foram criados e passa a ajudar a polícia local na investigação do crime. Ao mesmo tempo, outro adolescente, na região onde Banks trabalha, desaparece com indícios de assassinato. Na cabeça do agente, as histórias possuem muito em comum. Tanto Banks quanto sua ex-namorada, Annie Cabbot, e sua nova paquera, Michelle Hart, ambas policiais, como ele, são personagens carismáticos, cheios de conflitos e traumas, o que dá mais interesse a toda a trama. Romance vasto, longo, quase 500 páginas de leitura densa e gostosa.
Beijos e boa semana!

Clara Arreguy, domingo, julho 02, 2006. 0 comentário(s).

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No intervalo (final)

A Clarice observa, no Livro de Visitas, os problemas ambientais, sociais e políticos causados pela Aracruz, cujo comercial elogiei outro dia. Toda razão a Clarice e a matéria da Carta Maior que ela cita. O elogio foi apenas para o sambinha (de autoria do Gil, outro problema político, uma vez que o PV, ao qual o ministro pertence, não está nada satisfeito com a colaboração entre seu militante, agente do governo federal, e uma multinacional que desmata, desaloja índios e quilombolas).
Quanto à campanha do Itaú piscando pra gente, realmente é ruim. Nada como o Activia prometendo fazer você cagar em 15 dias. No caso do Itaú, fico com pena do publicitário que tem a mesma idéia que outro (será plágio? não me parece), já que o banco e a Tam estão estendendo tapetes pelo mundo afora, um laranja, outro vermelho. A mesmíssima idéia em cartaz.
Obrigada sempre pelos alertas, e mais beijos!

Clara Arreguy, sábado, julho 01, 2006. 0 comentário(s).

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