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Resultado polêmico

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terminou na terça-feira com vaias e polêmica. Tudo porque o júri premiou com seis Candangos (inclusive o de melhor filme) Cleópatra, de Julio Bressane, deixando em segundo plano o preferido do público, Chega de saudade, de Laís Bodanzky. A platéia não gostou. Vaiou Alessandra Negrini que, apesar de uma interpretação esquisita, com sotaque forçado e poses descabidas, ganhou como melhor atriz. Ataques contra a suposta falta de inteligência dos que não gostaram de Cleópatra temperaram a polêmica. Muito fácil tachar de burro quem não reza por sua cartilha. Muito fácil ser premiado por ser quem é, independente do que faz concretamente. Achei o nível do festival baixo, em longas e curtas, mas o evento mantém sua importância para a cidade e o país. Uma delícia de cobrir e acompanhar.

Beijos!

Clara Arreguy, quinta-feira, novembro 29, 2007. 0 comentário(s).

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Empolgação final

Ficaram para os dois últimos dias do Festival de Brasília os melhores longas em competição. Chega de saudade, de Laís Bodanzky, ambientado num salão de baile ao longo de uma noite, reúne tipos solitários em situações ora líricas, ora cômicas. Tônia Carrero, Leonardo Villar, Stepan Nercessian, Cássia Kiss e um time de coadjuvantes de primeiro time arrancam emoções diversas, ao som de uma banda cujos crooners são Elza Soares e Markú Ribas. Comovente, bem interpretado, uma delícia.
Na última noite, foi a vez de Anabazys, o documentário feito por Paloma Rocha (filha de Glauber) e Joel Pizzini sobre o diretor de Terra em transe. Caótico, político, polêmico, o longa conseguiu mostrar um pouco da personalidade do cineasta baiano durante as filmagens de A idade da Terra.
Entre os curtas, nada muito empolgante: apenas Eu sou assim, com Maurício Tizumba fazendo papel do sambista Wilson Batista, e Busólogos, sobre pessoas aficionadas por ônibus.

Beijinhos!

Clara Arreguy, terça-feira, novembro 27, 2007. 0 comentário(s).

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Classe operária vai ao paraíso

A classe operária vai ao paraíso no novo longa de Carlos Reichenbach, Falsa loura, apresentado na quarta noite competitiva do Festival de Brasília. Espécie de Garotas do ABC 2, o filme acompanha as aventuras e desventuras de uma operária, Silmara, vivida pela atriz brasiliense Rosanne Mulholland, nova queridinha do cinema nacional. Entre jornadas nas esteiras e shows no clube, a moça sonhadora consegue se aproximar dos ídolos, se envolve com eles, mas acaba sempre tratada como prostituta. Vai ao paraíso mas lá é feita objeto sexual, objeto de consumo, um estranho no paraíso. Reichenbach trabalha desejos e realidades num jogo em que os mescla e processa com delicadeza e verdeiro amor por suas personagens.
Entre os curtas, o mais interessante foi Enciclopédia do inusitado e do irracional, sobre um homem que trabalha numa biblioteca e dá voz aos monstros que o rodeiam; e Trópico das cabras, um road movie vivido por um casal em desacerto.

Beijos!

Clara Arreguy, domingo, novembro 25, 2007. 0 comentário(s).

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Mais polêmica

Na terceira noite do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o longa de Julio Bressane, Cleópatra, gerou mais polêmica ainda. Com Alessandra Negrini na pele da rainha do Egito, com um sotaque maluco, Miguel Falabella como Júlio César e Bruno Garcia como Marco Antônio, a película deixou a desejar em quem esperava reconstituição histórica ou coerência com as versões já conhecidas. Numa ambientação kitsch de cenários interiores e poucas cenas nas pedras de praias do Rio de Janeiro (das quais o diretor não abre mão), o resultado foi um cult para os fãs de Bressane e um porre para o público mais senso comum. Os curtas O presidente dos Estados Unidos, sobre um homem que surta achando que é o próprio Bush, e Uma, sobre uma mulher que cai em si na relação com marido e filha, não chegaram a empolgar.

Beijos!

Clara Arreguy, sábado, novembro 24, 2007. 0 comentário(s).

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Polêmica sempre

Na segunda noite competitiva do Festival de Brasília, o filme Meu mundo em perigo, de José Eduardo Belmonte, dividiu opiniões, embora tenha agradado mais do que produções anteriores do cineasta brasiliense. Histórias que se cruzam em novelo de emoções dão o tom. Um homem perde a guarda do filho para a ex-mulher, envolve-se com uma jovem e atropela um velho. O filho do velho vai atrás dele. Personagens em desagregação se tangenciam. Belas interpretações e trilha sonora vigorosa completam o quadro. Nos curtas, mais divisões: Café com leite foi o mais bem aceito, ao mostrar as relações entre um casal gay, formado por dois jovens, e o irmãozinho de um deles, depois da morte dos pais. Décimo segundo completou a noite, sem muito sucesso na história de um casal que se reencontra num apartamento, em meio a mútuo constrangimento.

Beijocas!

Clara Arreguy, sexta-feira, novembro 23, 2007. 0 comentário(s).

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Festa do cinema

Começou ontem com a exibição de Amigos de risco, do pernambucano Daniel Bandeira, a parte competitiva do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, edição de 40 anos. O evento mais importante da área - e charmoso como ele só - mantém o vigor e apresentou um longa polêmico, em que dois amigos arrastam por horas o terceiro amigo (da onça), vitimado por uma overdose, pela madrugada do Recife. Daria um ótimo curta, tem boas interpretações, inclusive do Irandhir Santos, agora famoso por A pedra do reino, mas o excesso narrativo acaba cansando e superando as boas gags. Os dois curtas em competição foram engraçados: Um ridículo em Amsterdã e Espalhadas pelo ar, mas igualmente dividiram a platéia.

Beijinhos!

Clara Arreguy, quinta-feira, novembro 22, 2007. 1 comentário(s).

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Romance sul-africano

Li pela primeira vez um romance da sul-africana ganhadora do Nobel Nadime Gordimer. Gostei. Seu mais recente lançamento, De volta à vida, narra a história de um homem de 35 anos que descobre um câncer na tireóide e tem que fazer um tratamento à base de irradiação, o que o obriga a um isolamento de algumas semanas na casa dos pais, longe da mulher e do filho. Com isso, travamos conhecimento também com os pais dele, um casal na faixa dos 60, 70 anos, que vive fase de virada na vida, quando a aposentadoria se coloca como alternativa e as emoções se canalizam em outras direções. Como o protagonista é pesquisador e militante ambientalista e sua mãe, advogada de direitos civis, a autora aproveita para discutir questões muito atuais da África do Sul, sobre exploração de riquezas em áreas de preservação e sobre as relações sociais, econômicas e políticas no país pós-apartheid. Embora o tema inicial seja a doença e a morte faça parte da trama, não há melodrama nem sentimentalismo, mas personagens ricos interiormente colocando questões pertinentes a qualquer país em desenvolvimento.

Beijos e boa semana!

Clara Arreguy, domingo, novembro 18, 2007. 0 comentário(s).

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Leões por cordeiros

O novo filme de Robert Redford, Leões e cordeiros, possui uma estrutura quadrada e chata, mas nem por isso deixa de discutir questões da maior relevância. Divide-se em três núcleos. No primeiro, um senador republicano (Tom Cruise) dá uma entrevista para uma experiente jornalista (Meryl Streep) anunciando nova ofensiva no Afeganistão, capaz de afinal conter o "inimigo" e consertar os erros dos Estados Unidos na região. No segundo, dois soldados americanos, já em ação válida por esta nova estratégia, se vêem feridos e encurralados por forças talibãs no alto de uma montanha gelada. No terceiro, um professor tenta convencer um aluno a se comprometer com qualquer coisa na vida. Embora as discussões sejam interessantes, colocando lado a lado valores caros à ideologia dos EUA, como democracia, compromisso, segurança, liberdade, respeito, o filme peca por se ater aos discursos, reservando a ação apenas para os pobres soldados no front. Um conteúdo importante numa forma ultrapassada.

Beijinhos!

Clara Arreguy, sábado, novembro 17, 2007. 0 comentário(s).

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A maior dor

Um dos relatos mais tristes que já li em toda a minha vida é O lugar escuro - Uma história de senilidade e loucura, de Heloísa Seixas. A escritora carioca, dona de uma literatura sempre forte e marcante para as questões femininas, desta vez deixa de lado a ficção para contar as terríveis dores vividas por ela diante do processo de enlouquecimento de sua mãe, vitimada por um processo de senilidade seguido do mal de Azheimer. Nunca a relação entre filha e mãe foi fácil, mas a partir da degradação mental e emocional sofrida pela segunda, o calvário experimentado pela família leva à quase loucura até da primeira. Muito terrível, muito difícil de entender e conviver, o que dirá amar em meio à doença que corrompe a personalidade e a sanidade. Triste e belo relato.

Beijos!

Clara Arreguy, terça-feira, novembro 13, 2007. 0 comentário(s).

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Coleção do Galpão

A editora Autêntica, de BH, completou 10 anos e celebra com promoções, entre as quais o lançamento da coleção Espetáculos do Galpão, na qual tem como parceiro o grupo mineiro de teatro, que por sua vez festeja 25 anos de atividade. As publicações são oito, contendo 10 peças. No primeiro volume, três trabalhos de rua do início da trajetória da trupe. Nos demais, clássicos como Romeu e Julieta, Rua da amargura, Partido, Um homem é um homem e Um Molière imaginário, entre outros. O melhor de tudo: os livrinhos incluem os textos finais encenados, ficha técnica e comentários introdutórios que ajudam a contar a história de um dos mais bem-sucedidos coletivos teatrais do país, com carreira internacional e acolhida sempre calorosa do público, por onde passe.
A propósito, também sobre o Galpão vale a pena ver o documentário produzido por Paulo José, no qual atores e amigos contam a história do grupo, peça por peça, incluindo cenas, lembranças, músicas, episódios divertidos ou dramáticos da turma. Uma delícia!

Beijos mil!

Clara Arreguy, terça-feira, novembro 06, 2007. 0 comentário(s).

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