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Policial belo-horizontino

Uma delícia a estreia em romance do poeta belo-horizontino Marcus Freitas. Peixe morto narra uma trama policial ambientada na capital mineira, tendo como cenários locais charmosos como a Lagoa da Pampulha, o museu de arte, a UFMG, o Mercado Central e outros. O protagonista, um professor universitário especialista em história da ciência, se envolve com uma mulher encantadora, perigosa e... casada, cujo marido aparece morto nas margens do lago. Pelas características do crime, o narrador se vê na posição de suspeito. Daí que precisa usar os conhecimentos sobre peixes que compartilha com boa parte dos envolvidos para desvendar o mistérios. Com domínio da narrativa, texto elegante e atraente, Marcus Freitas proporciona uma leitura capaz de prender da primeira à última linha.

Beijos!

Clara Arreguy, sexta-feira, janeiro 30, 2009. 0 comentário(s).

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Fotos e guerra

Depois de certa dificuldade em terminar de ler (por problemas do livro e meus), finalmente encerrei O pintor de batalhas, de Arturo Pérez-Reverte. O espanhol, autor de romances deliciosos, como os protagonizados pelo picaresco Capitão Alatriste, neste optou por tema mais pesado e por muita filosofia. Trata de um fotógrafo de guerra que, doente, se recolhe a uma torre perto do mar, onde pinta, na parede interna, cenas vividas ou vistas ou pesquisadas junto a grandes pintores da arte universal. Só que sua solidão e as lembranças da mulher amada e perdida no cenário da guerra são interrompidas pela chegada de um homem fotografado por ele anos antes, durante a guerra dos Bálcãs. O croata anuncia que vai matá-lo e, entre eles, estabelece-se um longo e agoniante diálogo sobre o papel de cada um nos acontecimentos da vida. O romance caminha para um desfecho que custa a chegar pelo excesso de embates filosóficos. Ao final, importantes questões são levantadas para reflexão.

Beijocas!

Clara Arreguy, domingo, janeiro 25, 2009. 0 comentário(s).

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Bela história

Baseado em conto de F. Scott Fitzgerald, o filme O curioso caso de Benjamin Button narra a metafórica história de um homem que nasce velho e remoça com o passar do tempo, até atingir a forma de um bebê, 80 anos depois. Com ótimos trabalhos de Brad Pitt e Cate Blanchett (como sempre, magnífica), o filme emociona ao contar uma bela história de amor. Os efeitos de maquiagem são impressionantes, dignos de prêmio. A fita peca apenas pela duração excessiva: 2h45, o que não seria necessário para contar os principais dramas de um casal que tem no desencontro a tônica de sua relação, já que, à medida que ela envelhece, ele fica cada vez mais jovem. Triste e poético. Uma bela metáfora.

Beijos!

Clara Arreguy, segunda-feira, janeiro 19, 2009. 0 comentário(s).

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Mais para HQ

Não é que O dia em que a Terra parou seja bom. Nem ruim. É só meio bobinho. Os conflitos entre terráqueos e o ET mandado pelas outras civilizações para defender o planeta dos estragos da humanidade até que colam. O que não cola são as cenas de batalha, muito toscas - parecem o Ultraman da minha infância. O robô que os ETs mandam para nos atacar é muito chinfrim, as cenas acabam sendo engraçadas, sem nada de tenso. E haja credibilidade para Keanu Reeves no papel do gélido extraterrestre. Mais gélido, impossível. Adorei o menininho (Jaden Smith) e a Jennifer Connelly, a Kathy Bates, o John Cleese, as naves...

Beijocas!

Clara Arreguy, quinta-feira, janeiro 15, 2009. 0 comentário(s).

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Ruffato antes tarde

Por um imperdoável lapso da minha parte, não registrei aqui a leitura, no segundo semestre do ano passado, de O livro dos impossibilidades, de Luiz Ruffato, quarto volume da tetralogia (ou vem mais por aí?) Inferno Provisório, do escritor mineiro. Como toda a obra do autor de Eles eram tantos cavalos, este é um livro de estrutura híbrida, uma coleção de contos cujos personagens se entrelaçam e relacionam inclusive com títulos anteriores. O universo abrangido também. Vem de Cataguases, Zona da Mata mineira, como Ruffato, que nasceu na terra de Humberto Mauro e dos escritores modernistas que agitaram Minas e o Brasil na primeira metade do século 20.
No livro, figuras que viveram os anos 60 na região pobre, rural e sem perspectiva, migraram para a cidade grande e conheceram violência, perda de identidade, o passado de inocência trocado por um futuro cinzento e não menos sem perspectiva. Além de tudo, Ruffato possui um conjunto próprio de recursos que fazem de sua escrita um deleite em si.

Beijocas!

Clara Arreguy, quinta-feira, janeiro 08, 2009. 0 comentário(s).

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Tensão e delicadeza

Sete vidas, filme que Will Smith produziu e estrela, mescla bem tensão e delicadeza na história de um homem que, após provocar a morte de sete pessoas num acidente, sai em busca da redenção pessoal por meio da ajuda que possa dar a sete desconhecidos. Em sua procura por fazer justiça à própria consciência, ele investiga se os futuros beneficiários são de fato boa gente, merecedores de uma nova chance, e sai distribuindo o que pode - de uma casa na praia a órgãos vitais. No meio de tudo, uma história de amor lhe atravessa o caminho. Amor e morte, como havia sido seu passado com a esposa perdida na tragédia. Com atuações convincentes, Sete vidas carrega nas tintas da dramaticidade e consegue envolver e emocionar o espectador.

Beijocas!

Clara Arreguy, sábado, janeiro 03, 2009. 0 comentário(s).

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