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Inimigos do Estado

O thriller Inimigos públicos, de Michael Mann, com Johnny Depp e Christian Bale, prende pela batida história de um assaltante de banco perseguido pelo FBI. Opõem-se dois ótimos atores de uma geração que se consolida, principalmente Depp, cujo carisma garante a torcida dos espectadores pelo charmoso bandido que ataca o capital e preserva a pequena poupança do civil, que ama a mocinha e dribla a antipática polícia. Do lado da lei, o atual Batman se veste de caçador implacável e possui envergadura para o confronto com o inimigo público número 1 de Chicago nos anos 1950. Um bom thriller, ainda que sem elementos mais criativos.

Beijocas!

Clara Arreguy, quarta-feira, julho 29, 2009. 0 comentário(s).

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Mudou a minha vida

A leitura do volume de bolso O livro vermelho, de Paul Auster (Cia. de Bolso), emprestado pelo Tiago Faria, mudou a minha vida. As histórias curtas que o escritor norte-americano reúne ali têm em comum ligações do acaso, coincidências, fatos unidos por elos que as tornam surpreendentes e mágicas, apesar de simples. Casos verídicos, toques da presença de algo acima, além ou nem aí para as forças do universo.
Tenho escrito, mas ler as histórias de Auster me inspirou a escrever outras coisas, de outra forma. Acho que sua observação das pequenas e grandes situações da vida pode acender luzes no olhar de qualquer um. Aproveitem, façam o mesmo: leiam Paul Auster.

Beijus!

Clara Arreguy, quarta-feira, julho 29, 2009. 0 comentário(s).

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História presente

Acabo de ler o livro Acredite, um espírito baixou em mim - Uma trajetória de sucesso, do jornalista, professor, dramaturgo, ator e diretor Jefferson da Fonseca Coutinho, sobre o espetáculo mais bem-sucedido da história do teatro mineiro e um dos de maior público em todo o país. A peça, montagem da Cangaral, de Ílvio Amaral e Maurício Canguçu, já está em cartaz há 11 anos (eram 10 quando o livro foi finalizado) e arrebatou mais de 1 milhão de espectadores. O livro narra o percurso dos artistas e de toda a equipe envolvida, com as dificuldades e lances de sorte que marcaram os fatos. Além da peça, o grupo produz diversas comédias para o teatro e fez um filme, igualmente sobre o Espírito, que não chegou a estourar, mas foi bem assistido em Belo Horizonte. Os dois atores e produtores também encarnaram seus personagens na televisão, no humorístico A praça é nossa.

Beijins!

Clara Arreguy, sábado, julho 25, 2009. 0 comentário(s).

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África poética e universal

A inspiração na poesia feminina de Sophia de Mello Breyner Andresen, Hilda Hilst e Adélia Prado - explícita nas epígrafes dos capítulos de seu novo romance, Antes de nascer o mundo (Companhia das Letras), aponta uma dica sobre esta nova obra-prima do moçambicano Mia Couto: a delicadeza da maneira como ele lida com a triste história de um grupo de homens marcados pela ausência da mulher. O livro começa situando-se no interior de Moçambique, num lugar distante de tudo, com uma família formada por pai, dois filhos, um tio e um amigo militar que ajuda a cuidar das crianças. Jerusalém, o nome dado ao lugar por Silvestre Vitalício, representa para ele o fim do mundo. Ao menino narrador, Mwanito, é ensinado que o mundo acabou e que apenas eles sobreviveram. Nada disso no entanto é verdade. Ali é apenas o lugar onde eles se exilaram após a morte da mãe dos meninos.
Com o passar do tempo, outra mulher vai entrar em cena, outra solidão à procura de conciliação com o passado e o amor perdido. Uma linda história, com deliciosos jogos de linguagem e uma composição de personagens surpreendente.

Beijocos!

Clara Arreguy, quarta-feira, julho 22, 2009. 0 comentário(s).

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Graça inteligente

Mais que as palhaçadas de Selton Mello na pele do homem apaixonado pela parceira ideal, A mulher invisível, de Claudio Torres, vale pela inteligência na construção da comédia romântica. O público tem se molhado de rir do contorcionismo histriônico do protagonista nas cenas em que, à moda de Steve Martin, contracena com ninguém pensando que a Luana Piovani está ali. Mas os diálogos e a própria "tese" - idealização x realização das relações possíveis, busca do amor x utilitarismo do sexo - valorizam mais o filme do que a piada pronta da mulher inexistente.
Selton Mello está bem, mesmo com os trejeitos forçados. Luana Piovani, deslumbrante. Vladimir Brichta, sempre bom comediante. E a jovem Maria Manoella surge bem, principalmente com a ajuda luxuosa da "coadjuvante" Fernanda Torres (apesar do deslize de continuidade, já que ela aparece com a mesma barriga de gravidez nos diferentes meses em que se passa a história). Destaque também para a ótima trilha sonora.
Diversão inteligente, sem compromisso e sem culpa.

Beijos!

Clara Arreguy, quinta-feira, julho 16, 2009. 0 comentário(s).

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Um drama real

O filme Jean Charles, baseado na história do brasileiro morto no metrô de Londres em 2005 pela Scotland Yard, que o confundiu com um muçulmano, compõe um bom drama humano. O protagonista era um rapaz simples, um mineiro que, como tantos, se virava no exterior para melhorar de vida e ajudar família e amigos. Nesse "se virar", também se metia em confusões com autoridades e com documentos ilegais para imigrantes. Assim, não se desenha um herói clássico, mas um personagem cheio de imperfeições, de psicologia meio misteriosa. A construção da tragédia toca de leve no clima da capital inglesa após os atentados que teriam sido planejados pelo suspeito, mas não entra nas histórias paralelas à de Jean. Focado, em poucos momentos escorrega para o dramalhão. Na maior parte do tempo, segura a emoção para os fatos em si, não para sua exploração sentimental. Selton Mello, como Jean Charles, começa o filme repetindo o Johnny de seu sucesso anterior, mas aos poucos se deixa embalar pelo novo personagem. O trabalho mais convincente é do baiano Luís Miranda, que faz Alex, o primo mineiro do protagonista.

Fui!

Clara Arreguy, segunda-feira, julho 06, 2009. 0 comentário(s).

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