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Ironia à paulista

A capa do livro traz uma foto do James Dean e o título: Marlon Brando - Vida e obra por e, sublinhado, como se completado de última hora, o nome Gustavo Piqueira. Parece piada, e a intenção era mesmo esta: brincar com ícones da cultura pop. O romance, breve e marcado pela ironia, narra os feitos de um certo Marlon Brando, nascido em Alvinópolis, no interior paulista, designer que penou, em meio à mediocridade (inclusive a própria) para vencer na vida. Alter ego do autor, o protagonista ganhou o nome do astro do cinema por causa de uma paixão da mãe. Estudou design, andou com gente cult, ganhou e perdeu namoradas, envolveu-se em aventuras mais ou menos interessantes e enfim tornou-se alguém. A narrativa auto-irônica e pontuada por piadas em torno do mundo editorial, cultural e acadêmico entretém sem profundidade nem pretensão, mas revela uma escrita segura, de quem sabe o que quer e vai ao ponto.

Beijins!

Clara Arreguy, domingo, outubro 19, 2008. 0 comentário(s).

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Os favoritos

Durante muitos anos tive como atores prediletos Robert De Niro e Al Pacino. A dúvida sobre qual dos dois era o preferido perdurou até que De Niro enveredou por um caminho de caretas e interpretações pouco convincentes, enquanto Pacino se esmerava em grandes trabalhos (em que pese certe repetitividade naquele sestro de usar a rouquidão da voz como recurso dramático). Depois, meu coração foi tomado por outros grandes nomes, como Morgan Freeman e Anthony Hopkins, pra citar só dois gigantes, e as coisas se tornaram mais complexas. Esse intróito todo foi para aplaudir o primeiro verdadeiro encontro deles (já que no Poderoso chefão foram pai e filho em momentos distintos, sem se encontrar, e em Fogo contra fogo contracenaram em apenas uma cena), em As duas faces da lei. Nos papéis de parceiros em quase 30 anos de DP, eles realmente duelam (meu coração ainda pende para Pacino), mas o equilíbrio é evidente. O filme é bom, a trama tem um quê de Donatela e Flora, mas, numa estrutura de policial clássico, o resultado é de bom nível.

E beijocas!

Clara Arreguy, segunda-feira, outubro 13, 2008. 0 comentário(s).

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99 anos de paixáo

Desejos secretos, de Ines Rieder e Diana Voigt, resgata a biografia da figura conhecida como "a paciente homossexual de Freud". No livro, ela ganha o pseudônimo de Sidonie Csillag. Nascida em 1900, ela viveu até 1999, daí que sua história acompanha os principais acontecimentos do século XX. Basta dizer que era judia (embora batizada católica ao nascer), de família burguesa na Áustria, e passou portanto pelas perseguições nazistas e pelas incompreensões devidas ao gosto, verdadeira paixão, pelas mulheres. Sidonie, a Europa das primeiras décadas do século, as andanças de uma família judia durante o período da guerra e as lembranças de uma simpática velhinha se encontram numa narrativa cativante e ao lado de belas fotos dos personagens principais.

Beijoco!

Clara Arreguy, sábado, outubro 11, 2008. 0 comentário(s).

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Literatura e cinema

Poucas vezes uma adaptação cinematográfica acerta tanto quanto Ensaio sobre a cegueira, em que Fernando Meirelles relê José Saramago. Quanto ritmo, quanta fidelidade ao espírito do livro do autor português, quantas interpretações sensacionais, a começar pela prodigiosa Julianne Moore. Colado no melhor romance de Saramago, o filme produz efeitos visuais e sonoros incríveis - inclusive graças à trilha do Uakti, perfeita em "comentários musicais" para os climas. Não há por que parte da crítica deitar-se em detonações. O diretor brasileiro se consagra como um dos grandes cineastas em ação, para orgulho de todos, pela felicidade na escolha de um tema espinhoso e pela condução a um resultado magistral.

Beijocas!

Clara Arreguy, domingo, outubro 05, 2008. 0 comentário(s).

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