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Bem-vindo Blog da Presidência

Parabéns à equipe do Blog da Presidência. Show de bola o blog, que entrou no ar hoje. Ficou bonito, leve, informativo, ágil.
Enviamos nossos cumprimentos, nossa solidariedade e nossa disponibilidade para qualquer modesta ajuda que possamos prestar.
Abração!

Clara Arreguy
MDS

Clara Arreguy, segunda-feira, agosto 31, 2009. 1 comentário(s).

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Corpo deslumbrante

Acabo de voltar do espetáculo Ímã, do Grupo Corpo. Solar, alegre, vibrante, o trabalho, sobre música de Domenico, Kassin e Moreno, diverge frontalmente do anterior, Breu, sobre música de Lenine. Se o anterior era sombrio e pesado, este agora fala de encontro, festa, celebração. Corpos e cores se relacionam com prazer, ora harmoniosa, ora espinhosamente, como deve ser. Mas a cor é a base (ao contrário do anterior, calcado no preto que lhe dava nome). Maravilhosa, como sempre, a criação de Rodrigo Pederneiras (coreógrafo) e toda sua equipe, o que inclui, logicamente, figurinos, cenografia, iluminação etc.
Detalhe: o primeiro ato foi com Bach, outra belíssima criação do Corpo, com a música genial que Marco Antônio Guimarães, do Uakti, compôs sobre a obra de Johann Sebastian.
Programa completo!

Beijos!

Clara Arreguy, sábado, agosto 29, 2009. 0 comentário(s).

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Quase Caetano

Para o polemista e ousado artista que há mais de 40 anos agita o Brasil e a cena cultural, Caetano Veloso foi pouco explorado no documentário Coração vagabundo, que acompanha a turnê de A foreign sound. Em poucos momentos o filme se permite sair um pouco do esquema quadrado de reportagem consentida. Claro que brilha o gênio de Caetano principalmente na parte musical e em depoimentos sempre inteligentes. Mas, como cinema (e o cantor e compositor sempre foi um homem de cinema), o filme fica devendo. Quando acaba, o gosto de quero mais não sai da boca. E olha que o diretor deixa para quando sobem os créditos algumas das falas mais interessantes do homenageado, como aquela em que ele confessa certa quedinha sexual pelas bananeiras do quintal de casa, em Santo Amaro.

Beijos!

Clara Arreguy, domingo, agosto 23, 2009. 0 comentário(s).

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Romário merecia mais

Fui seca ler o livro Romário, na esperança de conhecer detalhes da trajetória do craque da Copa de 94, certamente com uma boa história: menino de família pobre do subúrbio do Rio, passou dificuldades para subir na vida como jogador de futebol, até se tornar ídolo no mundo inteiro, conquistar o tetra para o Brasil com seus gols e jogadas, ficar milionário, com carreira polêmica e vida pessoal cheia de material para fofocas.
Se a história é rica em si, o livro, não. "Escrito" pelo radialista Marcos Vinícius Rezende de Morais, amigo de Romário, limita-se a alinhar uma série de depoimentos, quase uma centena, sem edição, sem redação final. Não digo nem pelos numerosos erros de português, mas pelas repetições sem fim. Dezenas de histórias se resumem a "conheci o Baixinho numa pelada na praia, ficamos amigos, reencontrei-no balada, ele me levou pra trabalhar com ele, me carregava para passear na Europa".
Casos repetidos, sem situar devidamente onde, quando e quanto foram os jogos, sem um trabalho de informação, enfim, um livro que visa mais agradar ao craque do que ao leitor. E ajudá-lo no momento em que problemas financeiros assombram sua aposentadoria, a ponto de devolvê-lo ao futebol, já que está pra jogar de novo, agora pelo América do Rio.

Beijocas!

Clara Arreguy, domingo, agosto 23, 2009. 0 comentário(s).

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A vida como ela é

A cinebiografia O contador de histórias, sobre o mineiro Roberto Carlos Ramos, resultou num filme bom e forte. Sem poupar detalhes sórdidos, o diretor Luiz Villaça (da boa comédia Cristina quer casar) traça a trajetória do menino de favela levado pela mãe para a Febem porque a família era numerosa e pobre. Na instituição, ele aprende a ser bandidinho e, após passar por toda sorte de problemas, acaba encontrando uma francesa que o ouve. A partir da conversa entre eles, o amor maternal o resgata para a vida. Ele descobre o dom de contador de histórias, vai com a nova mãe para a Europa e se transforma em professor e num dos mais bem-sucedidos artistas em sua área.
O elenco é excelente, à frente a portuguesa Maria de Medeiros, mas com boas participações também de atores menos conhecidos e inclusive uma feliz preparação das crianças. Não é gratuita a presença de José Roberto Torero entre os roteiristas.
A reconstituição de época conduz à minha Belo Horizonte dos anos 70 igualmente com rara felicidade. Enfim, um filme que poderia cair no melodrama condescendente não o faz, optando pelo tom dramático na medida.

Beijins!

Clara Arreguy, terça-feira, agosto 18, 2009. 0 comentário(s).

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Um adorável comunista

Deliciosa a biografia de Fritz Teixeira de Salles escrita pelo Paulinho Assunção para a coleção Beagá Perfis, da Conceito. O biografado era figura querida na boêmia belo-horizontina desde que me entendo por gente. Meu pai era seu fã dos tempos da Gruta Metrópole. Fritz era poeta e comunista, havia sido perseguido nos tempos dos regimes ditatoriais, escrito livros de ensaios sobre história e volumes de poesia. Mais que tudo, era amigo inteligente e cheio de paixão por tudo: pelo povo, pelo país, pelas letras, pelas pessoas, pela polêmica. Trabalhou em importantes projetos, como o patrimônio histórico e a UnB na época de sua criação por Darcy Ribeiro.
Poeta e jornalista da mais alta estirpe, Paulinho Assunção não faz por menos e traça um perfil amoroso de Fritz com um texto brilhante, que prende da primeira à ultima linha e não deixa de trazer importantes informações sobre alguns períodos chaves da história de Minas e do Brasil.

Beijocas!

Clara Arreguy, domingo, agosto 16, 2009. 0 comentário(s).

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Comedinha romantiquinha

Uma sessão da tarde daquelas quando você está de folga e nada mais. Assim se pode definir Marido por acaso, que reúne como casal central a bela e charmosa Uma Thurman e o ator de televisão Jeffrey Dean Morgan, cada vez mais alçado a bons papéis no cinema. O terceiro vértice do triângulo é Colin Firth e de quebra há participações especiais de Sam Sheppard e Isabella Rossellini. A trama é sobre uma escritora de livros de autoajuda que dá conselhos sentimentais pelo rádio e que, após dar palpite no relacionamento de uma moça, desperta a ira do bombeiro que ela abandona. O rapaz, para se vingar, promove, com a ajuda de um hacker, o próprio casamento com a moça. Formado o imbroglio, às vésperas do enlace dela com o editor de seus livros, o casal artificial encontra mais afinidades do que supunha e se apaixona irremediavelmente...
Enfim, uma comedinha romântica como tantas, com poucas qualidades senão um elenco de primeira.

Beijos!

Clara Arreguy, quinta-feira, agosto 13, 2009. 0 comentário(s).

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Delicadeza à italiana

A comédia Almoço de agosto é curto e direto como uma boa anedota. Ganhador de vários prêmios, inclusive o de diretor estreante, tem direção de Gianni Di Gregorio, que assina também roteiro e atua no papel principal. Gianni e os demais atores usam os próprios prenomes na história de um homem já envelhecido, que cuida da mãe velhinha. Na véspera de um feriado, Gianni aceita do zelador do prédio a missão de cuidar da mãezinha do amigo em troca do perdão de dívidas junto ao condomínio. Só que o cara leva junto a velha tia. E, em seguida, chega o médico da família com a mãe dele, igualmente velha e cheia de problemas. Com a incumbência de cuidar das quatro anciãs, Gianni passa dois dias às voltas com alimentação, remédios, dificuldades de sono, conversas e outras histórias daquelas mulheres, numa sequência de situações divertidas e humanas, com interpretações tocantes.

Beijos!

Clara Arreguy, segunda-feira, agosto 10, 2009. 0 comentário(s).

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Justiça e verdade

Recebi do colega José Cleves um exemplar de seu livro A justiça dos lobos - Por que a imprensa tomou meu lugar no banco dos réus, em que ele narra a saga do assassinato de sua mulher, durante um assalto, e seu indiciamento subsequente como suspeito do crime. Ao longo das 260 páginas, não se sabe o que foi mais trágico: se ver a companheira, mãe de seus cinco filhos, morta a tiro por um ladrão; se se tornar acusado do crime; se não contar com a polícia nem a imprensa para investigarem os fatos como aconteceram; se ter que promover, ele próprio, investigações paralelas para descobrir o que ocorreu; se ir a julgamento, mesmo com todos os indícios favoráveis à sua versão dos fatos.
Cleves foi meu colega na redação do Estado de Minas e pude participar de campanhas em sua defesa, já que era profissional completo, correto, ético, pessoa de bom caráter e habitual denunciante de casos de corrupção, banda podre da polícia, crimes de poderosos de todas as esferas. Não foi à toa que a polícia inverteu todas as evidências em contrário para fazê-lo sentar-se no banco dos réus. Era meio de vingança. Quando a imprensa inteira comprou a versão oficial, sem se dar ao trabalho de analisar os autos do processo, ajudou a condenar de antemão um cidadão a quem, até prova em contrário, deveria ser dado crédito de inocente. O júri popular se encarregou de fazer justiça, assim como todas as instâncias, que o absolveram por unanimidade.
No livro, recheado de documentos e fotos, Cleves conta tudo isso e ainda ensina fundamentos do jornalismo investigativo sério e comprometido, como ele sempre soube praticar. O livro não tem editora nem se encontra em livrarias. É preciso fazer contato com o autor por e-mail: josecleves@hotmail.com.

Beijos!

Clara Arreguy, segunda-feira, agosto 10, 2009. 0 comentário(s).

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