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Humano bordel

Novo romance de Andrea Camilleri a chegar ao Brasília, Pensão Eva difere de tudo que o autor italiano costuma escrever. Ele próprio explica, como nota no final do livro, que não se trata nem daqueles romances históricos de tom cômico nem dos policiais protagonizados pelo agente Montalbano, mas de uma história curta, que relembra fatos vividos na sua juventude, mas devidamente ficcionalizados. A Pensão Eva do título era um bordel que existia em Vigatà, sua cidade natal, na Sicília, destruído no fim da Segunda Guerra. Ali, personagens humaníssimos aprendem a vida, a luta, a fé, enquanto o protagonista Nenè, que herdou do autor o apelido, cresce e vira homem. Tudo com a escrita deliciosa e genial de Camilleri.

Beijos mil!

Clara Arreguy, quarta-feira, fevereiro 25, 2009. 0 comentário(s).

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Versões deliciosas

Em seu novo e delicioso romance, Manual da paixão solitária, o escritor gaúcho Moacyr Scliar trabalha novamente em história bíblica - como fez em A mulher que escreveu a Bíblia - só que num episódio do Gênesis. Trata-se de Judá (irmão de José do Egito) e seus filhos Er, Onan e Shelá. Os dois primeiros se casam, sucessivamente, com Tamar, sem no entanto lhe deixar filhos. O primeiro, por não ter relações com ela. O segundo, por derramar sobre a terra seu sêmen (dando origem ao termo onanismo, como o conhecemos). Tamar, então, obtido de Judá a recusa em dá-la em casamento ao caçula, usa de um subterfúgio para engravidar do próprio sogro. O livro de Scliar narra os fatos por dois pontos de vista, o de Shelá e o de Tamar, num jogo de sedução entre os narradores que assumem cada papel, respectivamente um professor e sua ex-aluna, que participam de um congresso sobre temas bíblicos.
Engenhoso, divertido, mais do que masturbação, o romance de Scliar põe ainda em questão a criação literária e artística como válvula de escape que as pessoas usam na impossibilidade de comunicação e realização no campo amoroso.

Beijocas!

Clara Arreguy, domingo, fevereiro 15, 2009. 0 comentário(s).

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Freud acessível

Sem perder o rigor da análise, mas com a preocupação de facilitar o acesso a obras fundamentais da psicanálise, a coleção Para Ler Freud, da Civilização Brasileira, apresenta, em livros curtos e acessíveis, três desses clássicos. Luto e melancolia (Sandra Eller), Além do princípio do prazer (Oswaldo Giaicoia Junior) e O pequeno Hans (Celso Gutfreind) são explicados por especialistas brasileiros e falam, respectivamente, das pulsões de morte e prazer, da análise de crianças e da diferença entre a tristeza sadia e a depressão, doentia. Os autores ao mesmo tempo apresentam as teorias de Freud e contam como aqueles livros foram produzidos, ajudando o leitor a compreender conceitos e práticas desse saber inaugurado pelo cientista vienense.

Beijocas!

Clara Arreguy, domingo, fevereiro 01, 2009. 0 comentário(s).

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