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Muito romântico

Calhou de ir ver Romance, de Guel Arraes que, se não é grande, diverte e toca. No corpo do enredo, o amor entre Pedro (Wagner Moura) e Ana (Letícia Sabatella), atores de teatro que se encontram em cena de Tristão e Isolda. Depois que se apaixonam, ela faz sucesso e vira estrela de novela, enquanto ele se mantém fiel ao teatro. Ciúmes e mal-entendidos levam à separação por iniciativa dele, mas, anos depois, o reencontro se dá em meio às filmagens de um especial de TV. Aí é ela que se envolve com outro ator, Orlando (Vladimir Brichta), por sua vez namorado da produtora Fernanda (Andréa Beltrão). Quadrilátero armado, Shakespeare, Cyrano, textos de séculos de teatro servem de pano de fundo para discussões sobre paixão, amor, as possibilidades e impossibilidades da vida a dois. Tudo bem resolvido, redondinho, com a contribuição sutil da música de Caetano Veloso e participações especiais de José Wilker como o todo-poderoso diretor da emissora de TV e de Marco Nanini como um astro arrogante. Diversão sem compromisso, mas com competência.

Beijoca!

Clara Arreguy, domingo, novembro 30, 2008. 0 comentário(s).

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Polêmica no festival

O Festival de Cinema de Brasília terminou na noite de terça-feira cheio de polêmica, principalmente pela baixa qualidade dos filmes selecionados, a quantidade de documentários (quatro a dois contra os de ficção) que mal permitiu a premiação de ator e atriz e o conseqüente esvaziamento da sala do Cine Brasília, usualmente lotada nos dias de festival (nos anos anteriores). A vitória de Filmefobia, de Kiko Goifman, gerou vaias entre os presentes, devido às características do filme - uma simulação de documentário sobre fobias em que atores e não-atores são confrontados com objetos de pânico, como cobras, pênis e até anões. Enfim, após oito dias, destacaram-se as produções exibidas fora de competição, como as cópias restauradas de São Bernardo, de Leon Hirszman, e Lance maior, de Sylvio Back, apresentadas respectivamente na noite de abertura e no encerramento do festival.

Beijocas!

Clara Arreguy, quinta-feira, novembro 27, 2008. 0 comentário(s).

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Overdose de cinema

Estamos aqui em pleno Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o que para os moradores da capital federal é uma festa todo ano. Nesta 41ª edição, a seleção se mostrou mais fraca do que nas anteriores. Poucas produções convenceram a platéia. Além do mais, com quatro documentários e dois de ficção entre os longas em competição em 35mm, fica difícil até conceder prêmios para melhor ator, atriz e coadjuvantes. Da minha parte, gostei do documentário O milagre de Santa Luzia, sobre a sanfona e seus grandes expoentes, a começar por Dominguinhos, que conduz um road movie pelo país para nos mostrar os instrumentistas. Entre os curtas, destaquei Brasília (título provisório), uma ficção futurista bem-humorada sobre a cidade se as obras tivessem ficado inconclusas por superfaturamento, e Minami em Close-up, sobre a Boca do Lixo paulista. Por enquanto, é só. Depois conto mais.

Beijocas!

Clara Arreguy, domingo, novembro 23, 2008. 0 comentário(s).

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Com o mestre Freud

Acabo finalmente um livro da coleção Para Ler Freud, que vinha lendo ao mesmo tempo que o Saramago e outros bons que estão em minhas mãos. Trata-se de Luto e melancolia - À sombra do espetáculo, uma brilhante análise de Sandra Edler sobre como a depressão, nos nossos tempos, assume caráter de epidemia diante da sociedade do espetáculo, consumista e voraz, capaz de produzir no psiquismo das pessoas frustrações de quem não tem o que deve ter, não aparenta a imagem que deveria, torna-se excluída do processo por não corresponder às promessas de felicidade ao alcance do consumo. É muita coisa importante que ela coloca, à luz de Freud, e que nos ajuda a nos situarmos num mundo sem espaço para o legítimo luto diante das perdas importantes, as legítimas tristezas a que temos direito.

Beijos e inté!

Clara Arreguy, sábado, novembro 22, 2008. 0 comentário(s).

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No século XVI

E enfim chegou o novo romance de Saramago, A viagem do elefante. No enredo, o Nobel português de literatura volta ao século XVI para contar uma história da qual ficou sabendo por acaso: de um elefante dado de presente pelo rei de Portugal ao arquiduque austríaco. Tendo o percurso entre Lisboa e Viena como fio condutor da narrativa, o grande autor não perde a chance de, como sempre, escarafunchar a alma humana, em suas grandezas e pequenezas. Por intermédio de Salomão, o elefante, e do indiano Subhro, seu tratador, além de uma série de outras personagens em torno, vamos com ele num filosofar ao mesmo tempo leve e profundo sobre a natureza humana.

Beijins!

Clara Arreguy, domingo, novembro 16, 2008. 0 comentário(s).

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Envolvente mas confuso

O novo episódio de 007, Quantum of solace, possui aquele ritmo sôfrego típico do herói de Ian Flemming, mas o roteiro acaba por confundir os desavisados, já que vem linkado ao filme anterior. Enquanto James Bond se joga numa vingança meio suicida, o espectador que não tenha visto Cassino Royale fica perdido: afinal, quem são esses caras, quem é Vésper, quem é o rapaz que ele encontra no final, o que quer dizer Quantum of Solace, etc. etc. Para quem consegue acompanhar a trama, no entanto, é tudo de bom. Ação e correria do início ao fim, para não deixar ninguém acomodado na poltrona.

Beijocas!

Clara Arreguy, domingo, novembro 16, 2008. 0 comentário(s).

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Incertezas do amor

Enquanto nós, aqui de Brasília, aguardamos o início do Festival de Cinema (o nacional, que começa na próxima terça, porque o internacional acabou de acabar), fui conferir o novo Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona, mais uma daquelas tramas em que o cineasta nova-iorquino mergulha no caldeirão desejos, paixões e incertezas do amor. Aqui, não se trata de triângulo amoroso, mas de uma forma geométrica indescritível, na qual personagens encantadores são jogados quando duas amigas americanas vão passar um verão na capital catalã. Lá conhecem um charmoso pintor espanhol, sua ex-mulher desequilibrada e outras figuras, e se envolvem e se questionam apaixonadamente. À moda de clássicos como Bergman, eterna influência, os personagens são enrodilhados pelos próprios sentimentos, numa ciranda da qual ninguém está livre. Liberdade, afinal, o que seria?

Beijos!

Clara Arreguy, domingo, novembro 16, 2008. 0 comentário(s).

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