2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Nara por Fernanda

O show de Fernanda Takai com repertório inspirado e em homenagem a Nara Leão foi ainda melhor que o disco da cantora do Pato Fu. Onde brilhem os olhos seus, que fez três apresentações em Brasília e uma em BH nesses dias, encantou por diversos aspectos: a delicadeza, a simpatia e o carisma de Fernanda, com um trato especial com o público; o repertório não apenas de cançóes que Nara gravou, mas de outras, que Fernanda sempre quis interpretar e que incluíram até Ben, do Jackson Five, sucesso nos anos 70 há muito fora do ar. A banda estava perfeita, liderada pelo maridão John, nas guitarras, e com ótimos músicos de apoio. Daqueles shows que se quer ver e rever sempre que possível, sempre com uma ou outra lágrima dependurada na saudade.

Beijos!

Clara Arreguy, domingo, março 30, 2008. 0 comentário(s).

______________________________________________________

Romance do Norte

Em seu novo romance, Órfãos do Eldorado, o escritor amazonense Milton Hatoum mergulha numa história que ele próprio discute tratar-se de lenda ou mito da região. A paixão de Arminto Cordovil por uma órfã que ele viu no enterro do pai conduz o rapaz a perder a cabeça e a carregar ao longo da vida uma loucura limítrofe. Filho de um poderoso dono de empresa de transporte à beira do rio, em Manaus, Arminto leva alguns anos para dilapidar tudo o que o pai construiu, eternamente perdido na obsessão por Dinaura, no ressentimento contra a família, na relação malresolvida com Florita, a mestiça que o criou depois que a mãe morreu no parto. As histórias de riqueza e fracasso com o ciclo da borracha na região permeiam o romance, curto, escrito diretamente, sem capítulos, num jorro que corresponde ao desabafo de um velho louco, conforme narrado por alguém ao autor, não à toa premiado com Jabutis por seus três primeiros livros.

Beijocas!

Clara Arreguy, terça-feira, março 25, 2008. 0 comentário(s).

______________________________________________________

Suspense vertiginoso

Ponto de vista tem duas ótimas qualidades dadas apenas pelo gênero thriller: a montagem das várias versões de um crime a partir do ângulo de testemunhas ou personagens envolvidos na trama; e o ritmo vertiginoso em que se dá a perseguição final. Não fosse isso, a temática da produção em si já teria interesse: um atentado contra o presidente dos Estados Unidos, cometido por terroristas dispostos a sabotar acordo firmado entre os principais países ocidentais e orientais justamente para conter a onda de terror. Com a participação de seguranças, jornalistas, turistas, policiais, agentes e pessoas comuns, os pontos de vista que dão nome à fita compõem um mosaico interessante. A correria do final, então, é de tirar o fôlego. E os atores - Dennis Quaid, William Hurt, Sigourney Weaver, Forest Whitaker, entre outros - são de primeiro time.

Beijins!

Clara Arreguy, quarta-feira, março 19, 2008. 0 comentário(s).

______________________________________________________

Rosa em quadrinhos

O roteirista mineiro Wellington Srbek e o desenhista carioca Flávio Colin (já morto) fizeram, no final dos anos 1990, a revista Estórias gerais, uma HQ inspirada no universo de Guimarães Rosa que é um primor de roteiro e desenhos. O belo trabalho foi reeditado ano passado pela Conrad, que revaloriza um clássico do formato. São várias histórias que entrelaçam jagunços, coronéis, donzelas violentadas, pobres injustiçados e onças pintadas num ambiente de sertão - assim como os homens - inclemente. Os autores confessam a inspiração não apenas em Rosa, mas também em Suassuna, Dias Gomes, João Cabral etc. É patente a leitura que há por trás de histórias ricas, em que a linguagem do sertanejo mineiro ganha cores e tons épicos. Imperdível!

Beijocas!

Clara Arreguy, terça-feira, março 18, 2008. 0 comentário(s).

______________________________________________________

A história do tempo

Um livro de divulgação científica de fácil leitura e ótimas informações é O tempo que o tempo tem, de Alexandre Cherman e Fernando Vieira, que resumiram no volume as aulas que dão no Planetário do Rio de Janeiro. Trata-se de explicações sobre as formas de medir o tempo, os calendários, os sistemas que geraram nossas noções de ano, mês, semana, dia, hora, minuto, segundo etc. ao longo da história.
Toques sobre religião - afinal, muitas delas determinam os calendários de diferentes culturas -, história, astronomia, ciência em geral (equinócio, sosltício) tornam agradável a leitura. No final, eles nos apresentam também os calendários de outros povos, como chinês, árabe, judeu, maia etc.

Beijos e boa semana santa (data móvel no calendário, cuja explicação está clara em O tempo que o tempo tem)

Clara Arreguy, segunda-feira, março 17, 2008. 0 comentário(s).

______________________________________________________

Elogio à vida

É justo tudo que vem sendo dito sobre O livro das vidas - Obituários do New York Times, organizado por Matinas Suzuki. A reunião de matérias jornalísticas sobre pessoas quase famosas, mas com atuação importante, de qualquer maneira, na comunidade, apresenta histórias ricas, interessantes, em que os personagens se tornam atraentes por fatores não necessariamente relevantes do ponto de vista jornalístico. Alguns dos obituários se tornaram verdadeiros clássicos, com autores que ganharam notoriedade por esse trabalho antes tido como menor.

Leitura agradável e, pelos exemplos de vida, nem sempre edificantes, repleta de boas idéias.

Beijinhos!

Clara Arreguy, sexta-feira, março 07, 2008. 0 comentário(s).

______________________________________________________