2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Trajetória fotográfica


No início do mês, estivemos em Santa Catarina para a abertura da exposição do Paulo de Araújo, 3XNeusa, agora no Museu de Arte de Joinville. A primeira mostra havia sido em dezembro de 2009, em Caxias do Sul (RS).

Contendo três séries de fotos feitas com a atriz Neusa Thomasi, santa-mariense, como o fotógrafo, a exposição percorre tempos e linguagens distintos. A primeira série, Retorno ao primitivo, foi feita em 1988, em Caxias, em filme preto e branco. A segunda, Joinbike (foto), em Joinville, em 1992, em negativo cor. A terceira, Printemps, em Paris, em 2007, com câmera digital.

As séries também têm apresentações diferentes: as fotos pb foram impressas em lona vinílica; as coloridas, em acrílico, ambas em grandes formatos; e as fotos digitais são projetadas num telão.

Além de mostrar o trabalho, Paulo ministra uma oficina para jovens interessados no olhar para a fotografia. Fala - e mostra - sobre a evolução da técnica e da linguagem, ensina-os a revelar um filme, a explorar as possibilidades.

Foi um sucesso que nos encheu de orgulho e alegria. Sem falar no reencontro com grandes amigos das terras catarinenses.


Beijins!



Clara Arreguy, quinta-feira, março 17, 2011. 0 comentário(s).

______________________________________________________

Gaspari e Bioy Casares

Andei ocupada com a finalização do meu novo livro, o Catraca inoperante, de crônicas (lançamentos em 11 de abril, no Bar Brahma, em Brasília, e 16 de abril, no Café com Letras, em BH), mas nem por isso deixei de terminar o quarto e último volume da série do Elio Gaspari sobre Geisel e Golbery, A ditadura encurralada. Que novamente me prendeu do início ao fim, como havia acontecido com os três primeiros volumes da série. O único problema é que dá vontade de ler um quinto volume, agora sobre o governo Figueiredo. Soube que o jornalista prometeu o livro, mas ele ainda não existe. Vou pesquisar pra saber o que rola.

Depois dele finalizei a leitura de um livrinho de bolso que tenho há anos e vinha lendo bem devagarinho, pra não gastar. Trata-se de Histórias de amor, de Adolfo Bioy Casares (Ed. L&PM). Confesso que nunca tinha lido esse autor argentino, amigo de Jorge Luis Borges. Que gigante! Que literatura mais sofisticada, envolvente, profunda, ácida, irônica, fluente... Me faltam adjetivos para qualificar o que escreve o Bioy Casares. Me lembrou Machado de Assis, Eça de Queirós, esses superlativos da literatura mundial.

Os contos tratam todos das relações amorosas, de traição, sedução, da alma de homens e mulheres. Como escreve bem! Como mergulha nos grandes e pequenos sentimentos, nos grandes e pequenos gestos. Só lendo.

Beijos!

Clara Arreguy, quinta-feira, março 17, 2011. 0 comentário(s).

______________________________________________________

Adeus, Moacyr Scliar


A partida de Moacyr Scliar me entristeceu profundamente, não apenas por se tratar de um grande escritor, a quem admirava pela obra, mas pela pessoa doce e generosa que ele era. Conheci Moacyr antes mesmo de ter lido um livro dele. Escalada para entrevistá-lo, fiquei naquela saia-justa. Li coisas sobre ele, mas não deu tempo de ler o livro que ele estava lançando na época. Mesmo assim, ele foi atencioso e delicado na conversa. Depois disso, corri a tirar o atraso e fiquei fã. Nos últimos tempos, festejava seus lançamentos, como o do último romance, Eu vos abraço, milhões, que comentei recentemente aqui.

Quando o levamos para escrever crônicas no Correio Braziliense, quando eu era editora de Cultura lá, nossos contatos se estreitaram. Ele sempre com uma palavra inteligente, lúcida, gentil, fosse pessoalmente, fosse por escrito.

Generoso como poucos, se dispõs a escrever para mim o prefácio de meu próximo livro, uma coletânea de crônicas minhas que vou lançar em abril, em Brasília e Belo Horizonte. Catraca inoperante, assim, sai com as palavras de Moacyr Scliar tão gentilmente dedicadas a mim, as últimas que trocamos antes de sua morte, no último domingo.

Sinto luto, tristeza pela perda de um amigo e de um escritor tão profícuo e sagaz, mas sinto também um orgulho danado de ter ouvido dele tantas vezes a saudação "minha editora predileta". Não mereço tanto. Obrigada, Moacyr!


Beijos.
(foto Edu Simões/Acervo IMS)

Clara Arreguy, terça-feira, março 01, 2011. 1 comentário(s).

______________________________________________________