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Poesia em alta

Fui ontem à noite ao lançamento coletivo de sete autores de Brasília: a coleção Oi Poema. Concorrida e agradável noite, em que fui encontrar os amigos Nicolas Behr e Luis Turiba e tomei conhecimento de mais uma porção de bons poetas.
Agora vou ler os livros e comentá-los aqui. Aguardem!

Clara Arreguy, quarta-feira, setembro 29, 2010. 0 comentário(s).

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No olho do furacão

Foto: Divulgação

O cineasta Oliver Stone nunca se poupa os assuntos mais polêmicos ou espinhosos. Já tratou do capitalismo, do imperialismo, de Kennedy, Nixon e seja quem for. Com Wall Street 2 - O dinheiro nunca dorme, ele volta a um de seus grandes títulos, personagens e temas, e os joga no olho do furacão que assolou o mundo há dois anos: a crise econômica global, que no Brasil, como previa o presidente Lula, ficou na marolinha, mas em países menos preparados, ou menos bem governados, como os EUA, varreu do mapa empresas e vidas.

Lembram-se de Gordon Gekko, que Michael Douglas interpretou brilhantemente? Saiu da cadeia e hoje vive de vender livros e fazer palestras. Ele antevê a crise e até dá conselhos ao genro, Shia LaBoeuf (os dois na foto), em troca de um favor do rapaz: reaproximar o antigo magnata da filha que rompeu com ele.

Freud explica que a menina, que renega o pai, tenha se envolvido justamente com um corretor de Wall Street. Só que o rapaz, como a moça, tem boas intenções e defende a causa ambiental. E, nesse embate entre ganância e princípios, se colocarão a velha raposa e o jovem idealista, enquanto o mundo treme ao baque dos bancos que quebram.

Bom filme, apesar do previsível jogo de cartas marcadas.


Beijocas!

Clara Arreguy, quarta-feira, setembro 29, 2010. 0 comentário(s).

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De pais e filhos

Foto: Divulgação

A comedinha é fraca, mas há alguma coisa interessante em Gente grande, o novo filme de Adam Sandler e cia. A premissa do reencontro de uma turma de amigos 30 anos depois, e tendo como motivo o funeral do treinador que os levou à vitória num campeonato de basquete, já foi explorada em produções similares. Aqui, importa reunir as famílias dos cinco amigos (foto), confrontar o que foi feito de cada um e, a parte interessante, dos filhos deles.

Dos cinco "protagonistas", Adam Sandler é o único bem-sucedido. Tanto que ele escamoteia dos amigos o fato de ter uma empregada doméstica - luxo a que nem sua mulher sofisticada se compara. Os demais vão de mal a pior: um finge que tem um carro esporte; um cozinha em casa enquanto a mulher trabalha fora; um tem lindas filhas, mas uma mulher mais velha e apresentada como ridícula; um não se casou, é beberrão e, portanto, um fracassado. Chavões.

O que salvei da comédia foi a liçãozinha de moral: enquanto os "velhos" lembram os bons tempos, seus filhos não sabem nem brincar. A oportunidade de reunir todo mundo numa bela casa de campo permite que pais e filhos vivenciem novas experiências, como por exemplo largar o celular, os jogos eletrônicos e toda a tecnologia, em nome da natureza, das brincadeiras ingênuas e criativas.


Isso diz algo a alguém.


Beijos!



Clara Arreguy, quarta-feira, setembro 29, 2010. 0 comentário(s).

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Sueco sim, frio não

O escritor sueco Henning Mankell é um dos meus preferidos no quesito autor policial. Em que pese a paisagem gelada daquela região do planeta, suas histórias são quentes. O protagonista delas, Kurt Wallander, é um herói com todos os traços mais interessantes do gênero: inteligente, culto, sensível, sofrido... E o romance dele que acabo de ler, O guerreiro solitário (Companhia das Letras, 484 páginas), possui todas das características de uma literatura policial densa e tensa, inteligente e intrigante.
Como sempre, Mankell usa o thriller para explorar as mudanças na vida do país e do planeta. Elas servem de pano de fundo para o horror que se instala nos novos momentos vividos pelas pessoas numa virada de milênio cheia de complexidade. O romance é de 1995, mas a tradução só chegou este ano ao Brasil.
A trama envolve Wallander na investigação de um serial killer que age na sua região, em Skane, no início do verão, às vésperas das férias do investigador e de meia Suécia. O criminoso é cruel e age com requintes, o herói se coloca como alvo, o que deixa o leitor com o cabelo em pé, e há ainda uma situação envolvendo violência e tráfico de mulheres. São quase 500 páginas de ação e emoção.

Então, beijos!

Clara Arreguy, terça-feira, setembro 14, 2010. 0 comentário(s).

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Um show nostálgico

Fui ver o show de Toninho Horta semana passada no Clube do Choro e vivi momentos de pura nostalgia, ao lembrar que acompanho o exímio violonista e guitarrista há mais de 30 anos.
Lembrei dos discos dele que tenho, principalmente os dois primeiros, em LP, com maravilhas como Manuel, o audaz, Diana e tantas outras.
Lembrei dele em todos os discos do Milton que embalaram minha adolescência, juventude e maturidade.
Lembrei de um show do Toninho que fomos ver em São Paulo, alguns estudantes de jornalismo que estávamos em São Bernardo do Campo, num encontro, e de como os paulistas babavam por ele.
Lembrei de uma entrevista que fiz com ele, eu jovem repórter, no apartamento onde ele morava na Pouso Alto com Camões.
Lembrei de toda sua atividade na organização dos instrumentistas brasileiros e da importância que teve - tem ainda, claro - na difusão da música brasileira no exterior.
Lembrei da verdadeira escola mineira de cordas que Toninho Horta simboliza.
Lembrei até de um vinho derramado (segundo meu irmão Tostão, pelo Toninho) numa parede lá de casa durante uma festa na minha infância.
E, claro, lembrei de meu pai quando ele tocou a música que fez para o pai dele, linda!

Beijos!

Clara Arreguy, terça-feira, setembro 14, 2010. 0 comentário(s).

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Piada comprida

Foto Divulgação

Fiquei devendo aqui um comentário sobre o último filme do Tarantino que vi, À prova de morte, talvez porque tenha me decepcionado com ele. Anterior a Bastardos inglórios, que considero genial, este À prova de morte achei chato, bobo, não mais que uma piada comprida. Claro, tem elementos típicos da obra de Tarantino que me agradam, o estilo, a mão, a pegada. Mas só. A história é boba, de um maníaco que ataca jovens, lindas e gostosas artistas, usando pra isso seu carrão antigo, à prova de morte, como diz o título, porque o cara é dublê e produz o carro como arma.
Até que outras dublês o enfrentam - e aí entra em cena a dublê Zoe Bell (a terceira da esq para a dir), no papel dela mesma, numa espécie de ode aos profissionais do ramo. Kurt Russell faz o vilão. Nos créditos, li o nome de Sydney Poitier e procurei o ídolo no filme, mas se tratava da filha dele, uma linda mulata, e não dele próprio.


Beijos!

Clara Arreguy, terça-feira, setembro 14, 2010. 0 comentário(s).

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Um clássico

Outra leitura que levei para a viagem foi a de um clássico que não havia lido antes, Pedro Páramo, de Juan Rulfo, que pelo nome completo descobri que também só podia ter sido basco: Juan Nepomuceno Carlos Pérez Rulfo Vizcaíno.
O escritor mexicano só lançou dois livros em vida: o romance (curto, seco, duro, árido, poesia no osso) Pedro Páramo e o volume de contos Chão em chamas. O livro que tenho reúne os dois. Dos contos, li alguns, ainda não terminei. O romance me tocou profundamente. Me fascinou o exercício de escrita enxuta, o mergulho na alma do povo, a viagem existencial, poética e social, tudo costurado com a pena do amor implacável.

Beijocas!

Clara Arreguy, quinta-feira, setembro 02, 2010. 0 comentário(s).

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O retorno

Oi, amigos. Voltei. Quem quiser acompanhar minhas aventuras pedalando no Caminho de Santiago de Compostela pode conferir no blogdapedal.blogspot.com.
Durante a viagem, li algumas coisas velhas, mas interessantes. O romance Memórias do livro, de Geraldine Brooks (Ediouro), tem um enredo curioso, mas um acabamento ruim, com erros de tradução e revisão tão numerosos que deixam a gente irritada. Trata-se da história de um livro de orações judaico que está sendo restaurado por uma australiana em Sarajevo, após a guerra da Bósnia. Paralelamente à da moça, narradora, vamos conhecendo, em capítulos alternados, a trajetória do próprio livro, como ele se salvou do conflito nos Bálcãs, da sanha nazista, da Inquisição, etc.
Outras leituras foram de livros que comprei pelo caminho, um sobre a própria Santiago de Compostela, outro sobre o País Basco, por onde passamos e de onde vieram para o Brasil meus antepassados Arreguy.
Aos poucos, vou contando mais.

Beijos!

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Clara Arreguy, quinta-feira, setembro 02, 2010. 0 comentário(s).

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