2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






100 anos de solidão

Tem um quê de García Márquez o personagem centenário que narra a própria vida e a saga familiar de uma infinidade de Eulálios na decadência social e moral de um Rio de Janeiro movido de um século a outro entre desfigurações e novas configurações. Estou falando de Leite derramado, novo romance de Chico Buarque, que acaba de chegar às livrarias. Nas lembranças e delírios de Eulálio no leito de um hospital chinfrim, acompanhamos a história de uma família da elite brasileira que, à medida que o tempo passa, perde dinheiro, prestígio, casarões em Copacabana e fazendas na serra. Eulálio lembra sobretudo da mulher que ele amou e que o deixou, por traição ou doença. Matilde, dos mistérios e seduções, mãe de Maria Eulália, a filha que, octogenária, acompanha o pai nos momentos finais. Com domínio da construção narrativa e exercícios poéticos da prosa literária, Chico Buarque comprova, para quem duvidava, que também por escrito é um dos nomes maiores das letras brasileiras.

Beijus!

Clara Arreguy, quarta-feira, abril 01, 2009.

______________________________________________________