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Forte, mas e daí?

Foto: Divulgação

Salve geral, de Sergio Rezende, indicado pelo Brasil a concorrer a uma vaga no Oscar, é um ótimo filme, daqueles fortes. Retrata sem subterfúgios algumas das piores mazelas do sistema prisional brasileiro, como violência, corrupção, falta de políticas públicas coordenadas com humanismo, inteligência e rigor, enfim, a incapacidade do sistema de dar saída para quem comete crimes no país. Não há luz no fim do túnel. Se os criminosos devem pagar pelo que fizeram - e como devem! -, não adianta confiná-los como animais em celas desumanas, sem possibilidade de recuperação para a vida social.
Bom, o filme mostra um pouco disso tudo e como, movidos por essas e outras questões, bandidos criaram instrumentos como o PCC para se defender - atacando, claro. A crise de 2006, quando tal facção desencadeou uma rebelião em cadeia, literalmente, e uma série de ataques a policiais e civis nas ruas de São Paulo, serve de pano de fundo para uma ficção em que mãe e filho de classe média decadente se emaranham nesse ambiente. Tragédia pouca é bobagem.
Salve geral é forte, bem dirigido e interpretado (Denise Weinberg e Andrea Beltrão, ambas na foto, dão show, essa última em raro papel dramático), e busca uma vaga no Oscar. Não sei se, pela temática que insiste em mostrar violência e crítica urbana, tem mais ou menos chances de ir ao certame internacional. Como a produção nacional contemporânea tem de tudo um pouco, e muita coisa boa, talvez valesse mais a pena investir em outras palavras. Vamos ver no que dá.

Beijos!

Clara Arreguy, terça-feira, outubro 06, 2009.

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