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Prêmios, vaias e vazios

Foto: Divulgação

Foto: Marcos Camargo/Divulgação

Desculpem-me a demora em comentar os vencedores do 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, mas problemas operacionais me impediram de fazê-lo antes. Vamos a eles:

Pra começo de conversa, os dois filmes apresentados no encerramento do festival, fora de competição, emocionaram os presentes: o curta Brasília, capital do século, de Gerson Tavares, foi feito em 1959 e mostra a construção da cidade a pleno vapor, com os operários pioneiros, as cenas da Esplanada dos Ministérios ainda um canteiro de obras, o Congresso, o Palácio da Alvorada etc. Depois veio o longa Brasília, a última utopia, de 1989, com seis partes de diretores diferentes. Os melhores episódios são de Vladimir Carvalho, que explora a natureza do cerrado e da própria capital, em imagens de rara beleza, e o de Geraldo Moraes, também um documentário sobre a cidade.

Na premiação, sobressaíram o longa É proibido fumar, de Anna Muylaert, e o curta Recife frio, que não vi, ambos.

Dos que vi, o documentário Filhos de João: admirável mundo novo baiano ganhou distinções como o Prêmio Especial do Júri e o do voto popular. A equipe do filme subiu ao palco várias vezes e se emocionou. Teve até a presença de Moraes Moreira, que não foi na exibição do filme, mas capitalizou assim mesmo, recitando parte de seu cordel sobre os Novos Baianos e cantando Preta pretinha junto com o público.

De celebridade, além de Moraes, somente Glória Pires (na segunda foto , com Paulo Miklos, vencedor como melhor ator) deu o ar da graça. Apareceu tanto na abertura do festival, quando ficou sem lugar pra sentar e ver seu trabalho em Lula, o filho do Brasil, quanto no vencedor É proibido fumar. Não deixou por menos: ganhou o Candango de melhor atriz, fez discurso curto e emocionado de agradecimento à família, e disse que era a primeira vez que competia nesse tipo de evento.

Um discurso que chamou a atenção foi de um produtor de Brasília que aproveitou para detonar a Secretaria de Cultura pelo estado lastimável do Polo de Cinema, onde goteiras e ninho de coruja são os menores problemas.

A diretora Anna Muylaert foi vaiada ao comentar como os jornalistas eram de alto nível (após receber o prêmio da crítica). Mas as maiores vaias foram para a produção de Perdão, mister Fiel, que levou prêmios da Câmara Legislativa do DF (que apoia produções locais). O diretor Jorge Oliveira não deixou por menos: disse que seu filme não era para analfabetos políticos nem pra críticos idiotizados, mas para pessoas com consciência, e que visava combater a tortura no Brasil. O público não gostou.

Teve mais: Larissa Sarmento, filha do nosso amigo Leopoldo Silva, fotógrafo e pedaleiro, ganhou como melhor atriz na mostra digital por Mas na verdade uma história só. E o filme da Marcela Bertoleti (foto 1, sobrinha da Rô), Dois pra lá, dois pra cá, levou como trilha sonora na mesma mostra.

Teve muito mais, mas fico por aqui. Desculpem-me a cobertura deficiente, já que não pude acompanhar todo o festival este ano. Ano que vem tem mais, e esperamos que com atrações mais fortes.

Beijos mil!

Clara Arreguy, quarta-feira, novembro 25, 2009.

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