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A mulher na psicanálise

Ausente durante alguns dias para merecido descanso de fim de ano (na verdade, uma puxada pedalada de Joinville a Florianópolis, confira no blog do www.dapedal.org), registro aqui a leitura de um livro interessante, difícil, mas enriquecedor. Trata-se de Patu, a mulher abismada, de Ana Lucia Lutterbach Holck, editado pela Subversos. O livro reúne textos da psicanalista sobre diversas questões que têm a mulher em seu centro. A mulher que, conforme definição lacaniana, "não existe", ou se conforma como "nãotoda".
Nos textos, alguns mais técnicos e de leitura mais difícil, por tratarem de conceitos de Freud e Lacan nem sempre apreensíveis por quem não tenha conhecimentos mais específicos, a autora analisa a presença desses conceitos em obras literárias (Marguerite Duras, Tolstoi) e cinematográficas (Almodóvar, Dalry). Não se trata de "pôr no divã" as obras, mas de buscar a interface entre as leituras teóricas e o processamento e a criação artística.
Ana Lucia faz ainda o relato de seu "passe", processo que nas instituições lacanianas corresponde a uma formação profissional para aquele que encerra a própria análise e se assume como analista. Um relato que poderia ser frio e técnico, mas que se constitui como texto capaz de falar à emoção do leitor.
E, ao final, relata, também sob aspectos teóricos e práticos, o trabalho desenvolvido pelo projeto Digaí-Maré na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, uma intervenção da psicanálise num cenário de violência urbana.

Beijos e feliz 2010!

Clara Arreguy, quarta-feira, janeiro 06, 2010.

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