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Emoção, afinal

Somente na penúltima noite competitiva o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresentou um longa capaz de emocionar boa parte da plateia. Amor?, de João Jardim (RJ), teve o mérito de encenar com excelentes atores os depoimentos colhidos pela produção sobre relações afetivas com algum viés de violência. Histórias humanas tocantes, de gente que pôs os espectadores a refletir sobre a própria experiência amorosa e as possibilidades de opressão, anulação da autoestima, idealização e medo da solidão. Histórias revividas por artistas do quilate de Julia Lemmertz, Lilia Cabral, Eduardo Moscovis e outros, capazes de dar o tom exato da dramaticidade da vida real.
A direção tem o mérito não apenas de recriar tais enredos, mas de amarrar os depoimentos de maneira criativa, conseguindo fugir do texto monologado, por meio de costuras "aquáticas" que ajudam, simbolicamente, a respirar. Um primor de filme. Meu candidato ao Candango.
Os curtas que abriram a noite foram A mula teimosa e o controle remoto, de Hélio Vilela Nunes, de São Paulo, uma deliciosa comédia infanto-juvenil em que um menino do campo e um da cidade têm que aprender a valorizar os diferentes saberes e trabalhar juntos; e o pernambucano Café Aurora, que não chegou a empolgar no romance entre uma cega e um surdo.

Beijocas!

Clara Arreguy, segunda-feira, novembro 29, 2010.

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