2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Biografia de um cara mau

Eu estava com tanta vontade de ler a biografia de um cara mau, pensando em Lobão, Keith Richards ou Erasmo Carlos, que acabei lendo a do Bukowski (Vida e loucuras de um velho safado, Conrad Livros). Esse sim um bad boy. Me lembrou demais o Tim Maia, com tanta carência, tanta dificuldade afetiva e ao mesmo tempo tanto talento, tanto brilho.
Eu já sabia por alto a história do escritor norte-americano nascido na Alemanha, mas não com detalhes vívidos, já que seu autor, o inglês Howard Sounes, entrevistou todo mundo importante ligado ao poeta, das ex-mulheres à filha, do editor aos amigos e ex-amigos. E como ele os teve!
Hábil também em queimar pontes, o criador do alter ego Henry Chinaski colecionou desafetos, ao destratar, ridicularizar e humilhar publicamente pessoas de suas relações, artistas mais ou menos famosos, gente com quem eventualmente mantinha uma correspondência afetuosa mas que, pessoalmente, tratava logo de detonar.
Um festival de grosserias e violências revela mais a fragilidade emocional de Bukowski. Ao mesmo tempo, foi prolixo em criações radicais, em que expôs a alma - sua e de uma América apodrecida -, uma poesia e uma prosa únicas na literatura do século XX.
Não adianta querer confundi-lo com os beatniks ou com outros movimentos. Em dezenas de livros, entre os quais seis romances (geniais, como Cartas na rua, Misto quente e Mulheres, e outros nem tanto), Bukowski fez uma obra sem par, eviscerada, forte e franca como os socos que gostava de trocar durante porres homéricos.
Um cara bem mau.

Beijocos!

Clara Arreguy, terça-feira, janeiro 25, 2011.

______________________________________________________

Comments:
taí um livro que terei prazer em ler! grande Bukowski, tremendo filho da puta, no bom sentido!

beijo, Clarinha!
 
E o Lobão metendo o pau no Chico, Caetano, Gil, e por aí vai. Eu, particularmente o achei um babaca, e desonesto intelectualmente, falando coisas sem embasamentos fatuais. Que que você pensou?

 
Postar um comentário