2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






O pai, sempre

Com uma década de atraso, somente agora li o Quase memória, de Carlos Heitor Cony (Alfaguara/Objetiva). Belíssima homenagem do jornalista e escritor ao seu pai, de quem herdou a profissão e pouco mais que isso. Na narrativa, as lembranças vêm ao filho como uma torrente quando ele recebe um embrulho que tem tudo para ter sido feito pelo pai - com um detalhe: o pai morrera dez anos antes.


Em meio às memórias da infância e juventude, o escritor faz um mergulho na personalidade singular de um homem ao mesmo tempo simples e grandioso, que marcou, como um herói, a formação do filho apaixonado. E tudo isso rodeado por casos engraçados, tocantes, que remetem ao Rio de Janeiro das primeiras décadas do século XX.

Emoção, risos e lágrimas acompanham a leitura desse clássico de Cony, um dos escritores mais profícuos e mais interessantes da produção brasileira nesses tempos. A facilidade com que ele escreve, que parece herdada da escrita diária de jornal, despista a profundidade de seus romances, que sempre têm mais a oferecer que o jogo de belas palavras. Como em Quase memória, uma pequena obra-prima.

Beijos!

Clara Arreguy, sexta-feira, setembro 16, 2011.

______________________________________________________