2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






O Corpo e a música da Galícia

Quanta felicidade assistir ao novo espetáculo do Grupo Corpo, Sem mim! Não fosse a maravilhosa coreografia de Rodrigo Pederneiras - o que é chover no molhado, já que cada nova criação dele surpreende e emociona com igual poder -, a música volta a ser um caso à parte.

Zé Miguel Wisnik pesquisou e rearranjou composições do século XIII, de autoria do galego Martín Codax. Daí que as sonoridades obtidas remontam a oito séculos atrás, remetendo àquela poesia de amigo e amor que aprendemos como das primeiras manifestações literárias da Península Ibérica.

O idioma falado na Galícia parece uma mistura de português e espanhol, possui deliciosa sonoridade linguística e musical. O resultado disso tudo é um canto ancestral e envolvente, que conta entre os intérpretes com Milton Nascimento, Chico Buarque, Mônica Salmaso, Rita Ribeiro, cantoras galegas e brasileiras. O próprio Wisnik interpreta dois números, um dos quais uma canção de Codax que teve a pertitura perdida, então ele mesmo compôs a melodia, inspirado no estilo do autor.

Cantos populares daquela região europeia, parentes tão próximos das cantorias do sertão brasileiro, mineiro, casados com a coreografia que celebra o mar, junto a cenografia, iluminação e figurinos com a magnitude usual do Corpo, proporcionaram prazer renovado a quem assistiu ao espetáculo neste fim de semana, em Brasília.

De quebra, na abertura, teve reprise de O corpo, com música de Arnaldo Antunes. Bom demais!

Beijos!

Clara Arreguy, segunda-feira, março 26, 2012.

______________________________________________________