2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Tabu racial e social


Fui ver Histórias cruzadas, no qual a atriz Octavia Spencer (E) que ganhou o Oscar de coadjuvante, me emocionei e me envolvi com a trama, as interpretações e toda a qualidade técnica e de conteúdo do filme. Mas o que mais me chamou a atenção foi um ponto cego que persiste como tabu, principalmente na sociedade brasileira: a questão das empregadas domésticas.

Percebo que há a questão racial e a social envolvidas, mas que, em qualquer circunstância, sobrevive um ranço escravista nessas relações, que não evoluem para a profissionalização. No Brasil, ainda hoje, mesmo entre pessoas de esquerda, os papéis relativos ao trabalho doméstico são confusos, nebulosos, com desrespeito e preconceito generalizado.

Intimidade misturada, afeto misturado, jornadas misturadas, mulheres tratadas como trabalhadoras diferenciadas, para pior. Fatores contemporâneos aparecem como denúncia de uma situação histórica vivida pelos Estados Unidos num passado não muito distante. Histórias de coragem e covardia. Em mim, dói como ferida do presente.

Um belo filme. Belo e importante.

Beijos!

Clara Arreguy, quarta-feira, março 07, 2012.

______________________________________________________