2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Denso e tenso

De volta a um autor que aprendi a apreciar, o gaúcho Menalton Braff, li dele o volume de contos "A coleira no pescoço" (Bertrand Brasil, 2005). São 20 contos em que o menor e o mais sublime do ser humano se esbarram e confrontam, por meio de histórias simples e duras. As metáforas começam e terminam no cão, do prisioneiro do velho, no conto que abre e dá nome ao livro, ao último, de nome Ego, na história que fecha o conjunto.

As perdas e os vazios ocupam todos os espaços, sem contemplação. No conto "Signo de Touro", Clotilde se desintegra ao rejeitar Sebastião, e passa o tempo (da narrativa) à procura de si. Assim vão os personagens, tentando ir embora, tentando encontrar o pai que um dia se foi, tentando trocar o passado na zona pelo tédio ao sabor de chocolate.

Econômico, seco, duro, implacável, Menalton Braff não desperdiça seu tempo nem o dos leitores. Cada palavra milimetricamente colocada na página traduz um estado de alma desconsolado. Dói, mas seduz.

Beijins!

Clara Arreguy, sexta-feira, novembro 30, 2012.

______________________________________________________