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Frágil distopia


No embalo do "Gravidade", fui conferir o "Elysium", mas já não achei o mesmo interesse. O filme de Neill Blomkamp adota uma linha rasa, de quadrinhos, menos propriamente aquele tipo de ficção científica com toques filosóficos aprofundados. Aqui, heróis e vilões se polarizam esquematicamente, sem meios termos.

Não há espaço para dúvidas na distopia de Elysium. Numa Terra superpovoada e doente, a elite se mudou para uma estação espacial onde, além de beleza e sossego, tem acesso a uma maquininha que cura qualquer doença. Claro que os pobres mortais cá de baixo, como o chicano Matt Damon, sua namoradinha, Alice Braga, e o líder dos rebeldes, Wagner Moura, vão fazer de tudo pra subir e acessar o que há de bom.

Claro também que lá em cima o poder gera disputas. A megamá Jodie Foster experimentará o próprio veneno, o próprio golpismo, a própria vilania. Caras e bocas muito aquém de uma atriz de seu quilate. Os efeitos também deixam a desejar. Viajar da Terra a Elysium não tem graça, parece que se está indo da Asa Norte à Asa Sul, da Savassi ao Gutierrez. Dava pra ter caprichado mais um pouco.

Wagner Moura (com Matt Damon na foto) estreia em Hollywood como se fizesse isso a vida toda. Não chega a ser uma exibição de gala, mas não fica devendo nada a nenhum dos medalhões presentes no filme.

Como "denúncia" de um futuro de miséria, exploração, violência, desumanização, vá lá. O desfecho "político", com cidadania estendida, porém, não vai além da superficialidade de todo o resto.

Beijocas!

Clara Arreguy, terça-feira, outubro 29, 2013.

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