Os nórdicos, sempre eles
E pra não perder o costume de um romance policial entre uma coisa e outra, e pra não perder a veia dos nórdicos que dominam pelo menos a minha leitura, terminei O Segredo do Lago, do islandês Arnaldur Indridason. Já comentei o autor aqui. É daqueles ótimos, em que a trama mescla crime, história e política. Neste caso, um corpo que aparece com o esvaziamento de uma lagoa e que remete à Guerra Fria, à espionagem entre países da esfera capitalista e os da esfera soviética, em particular a Alemanha Oriental, onde boa parte da trama se desenvolve.
O protagonista é conhecido dos leitores de Indridason, o policial Erlendur, atormentado pelo passado, pelo presente e pelo futuro. Quando criança, viu seu irmão desaparecer na neve. Adulto, largou mulher e filhos. Hoje, sua filha é viciada em drogas, clama por socorro nas situações-limite, e ele não sabe o que e como dar a ela. Ainda por cima, ele está numa quase relação com uma mulher casada que lhe desperta afetos adormecidos.
Ô trem bom que é ler um bom policial, bem escrito, bem tramado, fluente e no qual se aprende sobre realidades tão distantes da nossa!
Beijocas, pois!
Clara Arreguy, terça-feira, dezembro 03, 2013.
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