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Dois clássicos: Rosa e Villas-Boas

Reli um e li pela primeira vez o outro: Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa, que contém obras-primas do conto nacional, é sempre um prazer reler. Famigerado, A Terceira Margem do Rio, Soroco, sua mãe, sua filha, A Menina de Lá, Os Irmãos Dagobé, são tantas preciosidades aqui contidas que a leitura é de pura fruição da linguagem, do ritmo, do humor, da brincadeira, do mergulho filosófico na alma humana. Quanta beleza!

Voltei a este livro de Rosa porque havia assistido, algum tempo atrás, a uma adaptação de três deles num lindíssimo espetáculo de bonecos da Cia. Catibrum, de Belo Horizonte. Eles fizeram, em Três Rosas, encenações em miniatura, assistidas por duas pessoas de cada vez, enxugando as narrativas até a ordem da poesia pura. Tudo em Rosa é pura poesia, ao mesmo tempo simples e profundo. Feliz de quem leu e pode reler, feliz de quem ainda não leu e pode descobrir.

O outro clássico, este eu não tinha lido ainda, é Xingu: os índios, seus mitos, em que os irmãos Villas-Boas recontam narrativas míticas dos povos indígenas xinguanos. São contos ora simples, ora complexos, sobre a formação do mundo, as origens e os nomes das coisas. Com a singeleza de quem conta histórias pra uma criança dormir, eles reproduzem narrativas engraçadas, compridas, sem a pretensão de fazer literatura, apenas de dar voz aos mitos orais de alguns daqueles povos. Uma maravilha.

Beijins!

Clara Arreguy, terça-feira, maio 13, 2014.

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