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Paulo Coelho para além do best-seller


O filme "Não pare na pista - A melhor história de Paulo Coelho", de Daniel Augusto, não se dirige apenas aos fãs do escritor best-seller. Ao contar a juventude do escritor, desde quando tentou o suicídio pela primeira vez, com as internações em clínicas psiquiátricas que lhe aplicavam choques elétricos, visita também uma parte importante da história do Brasil e da cultura no Brasil.

O filme se estrutura em três narrativas paralelas: esse primeiro momento da juventude, em que tentava se afirmar como escritor, em conflito com os pais; a primeira peregrinação pelo Caminho de Compostela, em busca de respostas para seus anseios existenciais; e a velhice, quando refaz o Caminho após um problema grave de saúde. Assim, não trata do sucesso no mercado editorial, que o torna um milionário, mas do que antecedeu tudo isso.

O ponto alto do filme é a parceria entre Paulo Coelho e Raul Seixas, um momento iluminado na contracultura nacional, momentos de resistência à ditadura, ainda que isso não se fizesse de maneira político-partidária, mas sim pela via do comportamento, da negação do status quo com todas as doses de marginalidade que isso implicava. Juntos, eles criaram obras-primas do rock brasileiro, que inspiraram gerações - a primeira, a minha.

"Não pare na pista" tem ótimas interpretações, principalmente de Júlio Andrade (Paulo Coelho adulto, foto) e seu irmão Ravel (Paulo Coelho jovem), de Enrique Diaz e Fabiula Nascimento, que fazem os pais do escritor. Nem acho a maquiagem do personagem velho tão tosca quanto tenho lido em outras críticas.

Não gosto da literatura de Paulo Coelho, mas o considero um personagem interessante e importante da nossa vida cultural. O filme de Daniel Augusto, com roteiro de Carolina Kotscho, faz justiça a isso.

Beijocas!

Clara Arreguy, sábado, agosto 23, 2014.

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Comments:
Interessante isso que você escreveu sobre o filme e sobre o Paulo Coelho. Eu nunca teria lido nada sobre ele, não fosse o seu blog. Muito boa a sua colocação sobre a importância dele na vida cultural do Brasil - realmente, não se pode negar. Além disso, ele faz um sucesso estrondoso no exterior, levando consigo o nome do Brasil. Em todas as livrarias por onde já passei aqui no Canadá, vi livros dele no "front". E é muito apreciado, de um modo geral.
Abraços.
 
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