2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Amor no deserto

"Não diga noite", de Amós Oz, é uma triste história sobre amor e incomunicabilidade. Um dos meus autores prediletos, israelense militante pela paz, Amós Oz constrói, nesse romance, uma dupla narrativa semelhante a paralelas condenadas a nunca se encontrar. Alternam-se as vozes de Teo e Noa, um casal que vive junto há sete anos, mas que não consegue mais se entender.

Teo é mais velho que Noa, viveu as guerras que fizeram de Israel a potência que é hoje. Planejador de cidades, está quase aposentado numa cidadezinha do deserto onde Noa leciona literatura numa escola para jovens. Um dos alunos de Noa morreu de overdose e o pai dele cismou de construir na localidade um centro de recuperação de drogados. A comunidade rejeita a ideia, mas Noa, com certa consciência pesada, abraça a causa e bate de frente com Teo, que não crê no projeto.

Enquanto se amam e desentendem, Teo e Noa lembram a história pessoal de cada um, marcada pela solidão, e vivenciam o pano de fundo do país em que vivem, com suas contradições políticas, religiosas e culturais. O romance, no início, custa um pouco a engrenar, mas assim que saímos daquela rotina opressiva do casal, como colocada pelo autor, a história deslancha e o leitor é facilmente capturado por suas questões.

Como gosto dos escritos de Amós Oz!

Beijus!

Clara Arreguy, terça-feira, outubro 07, 2014.

______________________________________________________