2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Memória da pedra

Uma das leituras combinadas para o grupo do qual faço parte, sobre livros e autores de Brasília, é “Memória da Pedra”, de Maurício Lyrio, um diplomata que mora na capital federal, mas cuja temática diz respeito ao Rio de Janeiro – pelo menos no romance em questão.

O livro é bom demais. Polpudo, bem escrito e bem tecido, acompanha um momento na vida de um professor de filosofia da universidade fluminense. Solitário e contido desde que teve a vida marcada pela morte dos pais em acidente de carro, Eduardo resiste ao amor e às relações, mas acaba se envolvendo com um menino de rua por quem se sente unido de alguma maneira. Leva o menino para casa, apresenta-lhe outras possibilidades, introduz o rapazinho na sua vida, na da namorada, dos sogros etc.

Claro que isso vai trazer desafios, que levam tanto a realizações incríveis quanto a desastres esperados. Ao mesmo tempo, na relação de Eduardo com seu único amigo, o médico Gilberto, as coisas se complicam pelo cruzamento de histórias com as mulheres de ambos, Laura e Marina. Essa, por sua vez, ruma para o suicídio, o que vai gerar consequências na vida de todos.

A tensão política do Rio de Janeiro e do Brasil da época das Diretas se mescla com as tensões sexuais e familiares que permeiam toda a narrativa e todos os personagens, numa construção densa de um romance que, embora não seja de fácil mastigação, permite uma digestão especial.

Beijos!



Clara Arreguy, segunda-feira, outubro 27, 2014.

______________________________________________________