2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






A poesia de Marcus Freitas

O volume "No verso dessa canoa", de Marcus Freitas (Flor&Cultura). reúne poemas de sua produção entre 1993 e 2005. Uma leitura para quem gosta de poesia e não se contenta com pouco. Afinal, Marcus possui, entre suas qualidades de poeta, do lirismo e da profundidade à leveza do humor, virtudes raras.

O primeiro "livro" do livro, "Redondilhas roubadas", se compõe de uma seleção, conforme ele próprio explica no prólogo da edição, de uma forma tradicional da poesia portuguesa, tema de seus estudos e meio em que se expressa na redescoberta de temas e motivos.

O segundo, "Sonetos eróticos", volta à tradição de Bernardo Guimarães e outros autores que se permitem brincar com os sentimentos mais profundos e as explicitações mais descaradas. Aqui, humor e amor se unem sem as fraturas que o pudor costuma gerar, num resultado delicioso - mas não para reprimidos ou moralistas.

"Barca da dúvida" é o épico que reescreve ao sabor da lenda a saga de Noé. Sem mitificações, no entanto, o mote da dúvida reconstrói o heroísmo do personagem, humaniza-o e faz dele um narrador apaixonante da própria saga da humanidade, em suas dúbias relações com Deus e com os mistérios.

"Canto do tordo" enfeixa poemas de versos livres e quase bilíngues, da vivência do autor no exterior. Com elegância, ele cruza Minas com os Estados Unidos, numa composição de forte imagética, traços românticos e a leveza de um humor sempre presente, seja nos sentimentos, seja na linguagem.

Uma delícia de leitura!

Beijins!

Clara Arreguy, sexta-feira, março 13, 2015.

______________________________________________________