2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Carneiros alegóricos? Ou metafóricos?

Um livro intrigante é "Caçando Carneiros", de Haruki Murakami (Estação Liberdade), mesmo autor da trilogia de sucesso "1Q84", que ainda não li.

Tudo no romance intriga, embora aparentemente tudo soe simples. Há um narrador de menos de 30 anos que se sente um velho sem perspectivas. Uma ex-mulher. Uma namorada de orelhas incríveis. Um sócio alcoólatra medíocre. Um amigo desaparecido. Um poderoso chefão tomado pelo espírito de um animal. E o estranho carneiro a encontrar.

Do enredo à linguagem, cada aspecto de "Caçando Carneiros" parece ser o que não é. Ambientada no início dos anos 1970, a trama detona com estereótipos do Japão aos quais nos acostumamos. O protagonista sai de Tóquio e vai para o norte, para uma região distante, gélida e inóspita, onde acontecem coisas estranhas, surreais. A namorada some. Bichos falam. Mortos vivem.

Com personagens sem nome e sensações irreais povoando a angustiante procura pelo carneiro que enfeitiça quem dele se aproxima, a constante impressão é de que se trata de uma enorme alegoria, metáfora a ser decifrada ao gosto do freguês.

Não me arrisco a desvendar tais mistérios. Me envolvo na leitura, curto o labirinto em que ele se mete, mas fico com a sensação de que algo me escapou.

Beijos!

Clara Arreguy, sexta-feira, julho 17, 2015.

______________________________________________________