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Diário da Queda, excelente


Achei o Diário da Queda um dos melhores que lemos recentemente no nosso clube de leitura. Pessoalmente, sempre gostei da assuntos de judeus, sejam aqueles referentes à tragédia coletiva do Holocausto e às perseguições históricas (como no autor que amo Isaac Bashevis Singer), sejam os pessoais, do tipo que aborda outro dos meus queridos, Philip Roth. 
Michel Laub, pra mim, consegue transitar de um extremo ao outro do tema, ao colocar os traumas do velho avô sobrevivente de Auschwitz e as culpas do neto, capaz de integrar uma verdadeira gangue escolar no bullying a um gói. 
A temática, que é cara aos melhores escritores de origem judaica (outro que amo é o pacifista Amós Oz, que põe o dedo na ferida dos conflitos com os árabes), ganha leitura profunda, não vitimizada, que trilha um inesperado caminho das sombras à luz. Um alívio após acompanharmos a pesada infância e juventude do protagonista.
A narrativa numerada achei surpreendente, porque talvez finja um distanciamento, um tom de relatório que os próprios capítulos, como são titulados, sugerem. Mas é só jogo de cena. Sem jamais escorregar para o piegas, sem adjetivação, sem excessos, o autor me conquistou totalmente. Principalmente por ter conduzido o final como o fez, com a redenção pelo amor e pelo futuro.

Beijos!

Clara Arreguy, terça-feira, julho 19, 2016.

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