2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Uma africana, um italiano

Outros livros que tenho lido em e-book, então busco as capinhas no google:



- O lindo "Americanah", de Chimamanda Ngozi Adichie (Companhia das Letras), em que a escritora nigeriana traça uma autoficção em torno da experiência pessoal de uma estrangeira estudando nos Estados Unidos. Questões raciais que nunca haviam habitado suas preocupações se descortinam para ela quando, no novo país, se descobre negra, processo que não vivia na Nigéria, onde todos o eram. Racismo, autoafirmação, autoestima e a questão da beleza negada pelos padrões dominantes são alguns dos temas que perpassam o romance. A protagonista faz sucesso com um blog em que aborda essas e outras problemáticas na vida de uma jovem bela, inteligente, mas estrangeira, estranha no ninho. Não deixa de falar de seu país, da política corrupta, dos romances (sejam eles entre "iguais" ou inter-raciais"), enfim, do lugar da mulher. E por fim ela volta à África em busca de pertencimento, mas acaba por se tornar estranha aonde quer que vá. Lindo romance!

- Outra beleza é "Laços", de Domenico Starnone (Todavia), uma narrativa concisa em torno de um casal que vive o inferno de uma vida em comum mantida por uma relação de dominação. Homem e mulher não se amam, mas se sustentam na disputa de poder em que ela, a megera, o oprime e obriga a voltar, premido pela culpa em relação à saúde mental dela e em relação aos filhos pequenos - justamente quando ele, num lampejo de liberdade, encontrara o amor e a chance de se realizar profissionalmente ao lado de uma jovem paixão. Ela, a megera. Ele, o covarde. Os filhos, aparentemente manipulados nesse jogo doentio. O romance é curto, mas preciso. Um capítulo narrado por ela, um por ele, um pela filha. O suspense é construído de forma bem tecida, bem tramada, surpreendente, envolvente. Dizem que Starnone seria Elena Ferrante. Não sei. Nunca a li. Mas que ele é bom no que faz, não resta dúvida.

Bjs!

Clara Arreguy, sexta-feira, maio 11, 2018.

______________________________________________________