2020: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2019: jan . fev . abr . jun . ago . set . out . nov

2018: jan . fev . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2017: jan . mar . abr . jun . ago . set . nov . dez

2016: jan . fev . mar . abr . jun . jul . out . nov . dez

2015: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2014: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . dez

2013: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2012: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2011: jan . fev . mar . abr . mai . ago . set . out . nov . dez

2010: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2009: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2008: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2007: jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez

2006: fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago . set . out . nov . dez






Feminicídio em romance - leitura imprescindível



Nos dias em que a sociedade se mobiliza para enfrentar o gravíssimo problema do feminicídio, mais atual e necessário se faz o novo livro da jornalista e escritora Sulamita Esteliam, Em Nome da Filha (Viseu), um romance que mergulha fundo na questão.

A Sulamita repórter acompanhou, durante anos, a saga de Gercina, mãe de Mônica, na tentativa - vã - de conseguir punição para o homem que matou sua filha. Callou era militar do corpo de bombeiros e usava desse "privilégio" para se safar de todas as violências que cometia contra a mulher, Mônica. A corporação fingia puni-lo, mas ele sempre obtinha era prêmios, promoções, enquanto abusava de uma relação de controle e dominação sobre a companheira.

Gercina, a mãe, que se opunha ao relacionamento tóxico da filha, teve que assistir ao desenlace previsível nesse tipo de caso. Callou ateou fogo ao corpo de Mônica. Condenado, safou-se da pena, beneficiado por suposto bom comportamento e outras atenuantes de que se serve o machismo predominante no direito, na justiça, na sociedade.

Sulamita acompanhou, solidarizou-se, e por fim romanceou a história, de modo que temos a visão objetiva dos fatos e também uma leitura subjetiva, mas muito elucidante, das motivações de uma mulher para se submeter a uma relação tóxica e violenta como aquela. O resultado, o livro Em Nome da Filha, é uma leitura que não se larga antes da última página. Triste, sofrida, mas imprescindível.

Sulamita Esteliam é jornalista mineira que, após passagens pelo Ceará e por Brasília, radicou-se em Recife. Nesta terça (26/11) ela está na capital federal para o lançamento do livro, às 19h, no Tiborna, na 403 Norte.

Clara Arreguy, terça-feira, novembro 26, 2019.

______________________________________________________